5 coisas que aprendemos no GP da Cidade do México, 19ª etapa da Fórmula 1 2023

O GP da Cidade do México foi mediano, como costuma ser. Só que a prova deste domingo (29) foi especialmente decepcionante pelo que se desenhou na classificação, com a Ferrari tomando conta da primeira fila. O desafio de Max Verstappen durou menos de uma curva, um terror.

O tricampeão largou muito melhor que os rivais, se enfiou entre os carros italianos e basicamente assegurou a vitória ainda na primeira curva. E a Ferrari sabe bem que falhou e que seus pilotos deveriam ter trancado a porta de Max. Não rolou.

Os vermelhinhos ainda tomaram de Lewis Hamilton, que imprimiu fortíssimo ritmo de pneus médios gastos, fez volta mais rápida e chegou em segundo. Ajudou bem a Mercedes na briga pelo vice de Construtores e reacendeu a batalha com Sergio Pérez no Mundial de Pilotos, depois do mexicano causar o próprio acidente na largada.

Diante deste cenário, o GRANDE PRÊMIO aponta cinco coisas que aprendemos na 19ª etapa da F1 2023, na Cidade do México:

Vida dura? Para Verstappen em 2023? Raro, raríssimo. No México, não rolou

O Q3 totalmente fora da casinha indicava: o GP da Cidade do México finalmente poderia ser divertido, com a Ferrari na frente de Verstappen. Não foi. A verdade é que acabou sendo mais uma corrida bem da mais ou menos e isso se explica porque o tricampeão jantou Charles Leclerc e Carlos Sainz de uma vez, o que deixou a direção do time italiano irrita, diga-se. Leclerc foi terceiro, Sainz ficou em quarto e Verstappen venceu muito, mas muito facilmente a prova. Ducha de água fria nos fãs da categoria, mas recorde de triunfos merecidíssimo para alguém tão dominante em 2023. E quase perfeito.

Ferrari sai só com 1 pódio e sabe que perdeu tudo na largada

A largada, essa bendita largada. O que surgia como potencial escudo da Ferrari, quem sabe os italianos controlando a estratégia da prova, complicando o trabalho de Verstappen? Nada disso. Sejamos justos: Leclerc ou Sainz não venceriam essa corrida nunca com a falta de ritmo do carro vermelho em comparação ao RB19, mas a largada foi realmente dura de se ver. Max saiu de terceiro para primeiro e a corrida acabou ali. Onde esteve a Ferrari aguerrida de Itália, Singapura e afins?

Hamilton briga em stint de pneus médios e retoma forma

Depois do acidente com Russell no Catar, Hamilton não se deixou abalar. Fez ótimo GP dos EUA, mas acabou desclassificado. No México, brilhou de verdade. O heptacampeão fez um stint avassalador de pneus médios, simplesmente metade da corrida com os calçados amarelos e, para humilhar, meteu volta mais rápida no último giro, quando teoricamente estaria com pneus no aro. Como? Hamilton.

Pérez pira na largada e é catapultado por Leclerc rumo ao desemprego

Pérez resolveu dar uma de herói e tentou sair de quinto para primeiro na largada. Sim, você leu certo. Usou bem o vácuo, foi sugado para frente, mas e aí, iria para onde? Para fora da pista, com o sidepod arrebentado. É que Checo tentou emparelhar uma surreal linha de três com Leclerc e Verstappen, tomou o toque natural do monegasco e foi catapultado. No sentido literal, foi isso. No figurado, é como se estivesse sendo catapultado para fora da Red Bull. Está com muita cara de fim da linha e o vice voltou a ficar em perigo.

Ricciardo põe AlphaTauri na frente de Alfa Romeo e afunda Haas

Daniel Ricciardo, provavelmente maior candidato a herdar a vaga de Pérez caso o mexicano saia, fez ótima corrida na casa do rival. Seguro, classificou muito bem, teve largada tranquila e ritmo competitivo o tempo todo. O australiano foi sétimo, pegou o elevador na tabela do campeonato e fez a AlphaTauri simplesmente passar Haas e Alfa Romeo de uma vez só. Que respiro imenso para a equipe caçula da Red Bull.

A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, entre os dias 3 e 5 de novembro, com o GP de São Paulo, em Interlagos. O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ e com equipe cheia.

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