Di Grassi prevê aposentadoria "nos próximos cinco ou seis anos" e descarta deixar FE

Lucas Di Grassi afirmou que pretende desempenhar outra função após deixar as pistas, mas garantiu que vai permanecer na Fórmula E até a aposentadoria, prevista para até 2029

Campeão da temporada 2016/2017 da Fórmula E, o brasileiro Lucas Di Grassi descartou deixar a categoria até o final da carreira, prevista por ele mesmo para os próximos "cinco ou seis anos". Aos 38 anos de idade, o piloto é o segundo mais velho do grid atual, atrás de André Lotterer — que possui 41 —, e acumula recordes expressivos na modalidade.

Piloto que mais disputou corridas na Fórmula E, com 104, Di Grassi correu em absolutamente todas as provas da história da categoria até o eP da Cidade do Cabo, quando a Mahindra se retirou por um defeito crônico da suspensão traseira. Lucas ainda é o detentor do maior número de pontos, com 1.027, além de pódios [40], voltas mais rápidas [12] e vitórias [13, empatado com Sébastien Buemi].

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Falando sobre o que imagina do futuro da já longeva carreira, Di Grassi citou Rubens Barrichello, que segue na ativa — como titular na Stock Car — no alto de seus 50 anos. Apesar de considerar o compatriota ex-F1 como um exemplo de amor ao esporte, Lucas admitiu que não se vê seguindo os mesmos passos, pois ainda pensa em atuar em uma função diferente após deixar as pistas.

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Di Grassi subiu ao pódio logo em sua estreia pela Mahindra, na Cidade do México (Foto: Fórmula E)

"Um cara com a 'noia' do Barrichello, por exemplo, está na ativa, ganhando tudo, até os 50", destacou. "Para mim, ele é um exemplo de amor ao esporte. Se você der um rolimã para ele, o cara vai estar lá na pista às três da tarde. Ele não para. Anda de kart, vai correr na Argentina, já foi companheiro do Schumacher, corre com amadores… o que você der, o cara faz", elogiou.

"Eu acho que eu não vou fazer isso", afirmou o brasileiro. "Gostaria de fazer outra coisa depois. Estou no meu melhor momento da carreira, na Fórmula E, e vou tentar ficar mais alguns anos — tentar ganhar mais corridas, títulos", salientou.

Di Grassi confirmou que a aposentaria deve acontecer nos "próximos cinco ou seis anos", mas ainda não sabe quais serão os primeiros passos após deixar as pistas de vez. Entre as opções, o brasileiro considera permanecer na Fórmula E, mas como chefe de alguma das equipes do grid.

"Mas pretendo parar nos próximos cinco ou seis anos", revelou. "Depois, vou fazer outra coisa. Tocar uma empresa relacionada às corridas, ser dono de uma equipe na Fórmula E ou fazer outra coisa na vida que seja relacionada à tecnologia", completou.

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Apesar dos recordes estabelecidos, Di Grassi vive uma temporada complicada com a Mahindra (Foto: Fórmula E)

Por fim, Lucas ressaltou que a decisão de parar passa muito pelo nível de pilotagem que conseguir apresentar. O piloto brasileiro frisou que, no momento em que sentir uma queda de ritmo, será o primeiro a admitir que chegou a hora.

"Como esportista, acho que chega uma hora em que, se eu sentir que não estou mais no meu ápice, prefiro parar e me dedicar a outra coisa do que entrar em decadência pela idade", admitiu. "Vou focar em melhorar minha performance, mas no momento em que não estiver satisfeito, eu paro e vou fazer outra coisa", ressaltou.

A próxima etapa da Fórmula E será o histórico eP de São Paulo, primeira corrida da categoria no Brasil desde sua fundação, programada para acontecer no dia 25 de março. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO, diretamente do Anhembi, com transmissão de treinos livres, classificação e corrida com imagens em nosso canal do YouTube.