Fórmula E prepara saída de Reigle do cargo de CEO para final da temporada 2022/23

CEO da Fórmula E desde o último semestre de 2019, Jamie Reigle deixará o cargo ao fim da atual temporada. Categoria ainda não confirmou quem será o substituto do inglês no posto

CEO da Fórmula E, Jamie Reigle se prepara para deixar o posto ao fim da atual temporada, marcada para chegar ao seu encerramento em julho. Depois de quase três anos e meio no cargo, tempo em que precisou encarar os desafios da pandemia, a saída de grandes montadoras e a implementação da Era Gen3, o inglês será substituído por um nome ainda não confirmado pela categoria.

Apontado como CEO da Fórmula E em setembro de 2019, Reigle substituiu o cofundador Alejandro Agag — que se tornou presidente — após experiências prévias em equipes como Los Angeles Rams, do futebol americano, e Manchester United, que disputa a Premier League.

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Entre as funções de Reigle na categoria, o dirigente precisou lidar com as dificuldades da pandemia, já que o isolamento social afetou diretamente uma modalidade focada em correr em grandes centros. Além disso, Jamie precisou lidar com a saída de grandes fabricantes do grid, como Audi e BMW, no fim de 2021, além da Mercedes no ano passado.

O em breve ex-CEO também comandou a adição das novidades do calendário atual, as etapas de Hyderabad, Cidade do Cabo, São Paulo e Portland. A corrida americana ainda não aconteceu — está prevista para 24 de junho —, mas todas as outras se provaram um sucesso em suas estreias.

A estreia da Cidade do Cabo, viabilizada por Reigle, foi um sucesso (Foto: Fórmula E)

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Por fim, Reigle também supervisionou a implementação de um regulamento financeiro na Fórmula E, o que delimitou um teto orçamentário pela primeira vez na história da categoria — algo que a Fórmula E pretende manter para os próximos anos.

De acordo com o portal inglês The Race, dois nomes surgem como os mais fortes candidatos para o posto de Reigle. Jeff Dodds, que recentemente se despediu do cargo de chefe de operações na Virgin Media O2 e anunciou que seria CEO em outro lugar, e Andrea Salvato, que já atua como diretor no conselho da Fórmula E.

Em uma mensagem interna de Reigle revelada pelo Autosport, o CEO se despediu da categoria destacando os feitos de sua passagem e o cumprimento dos objetivos traçados desde que decidiu aceitar o cargo.

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Jamie Reigle e o cofundador Alejandro Agag durante o eP de Marrakech de 2020 (Foto: Fórmula E)

"Quando me ofereceram a oportunidade de liderar a Fórmula E, um de meus mentores disse que meu principal objetivo era deixar a categoria em um lugar melhor do que quando comecei. Um conselho simples, mas com um sarrafo alto, dado o sucesso que a Fórmula E já havia alcançado em suas primeiras cinco temporadas", destacou.

"Nossos fãs, equipes, parceiros, acionistas, conselho e, mais importante, nossos empregados, serão os jurados de como eu me saí. Mas acho que posso dizer, com confiança, que a Fórmula E está bem colocada neste momento para capturar essa imensa oportunidade. Isso me enche de orgulho", ressaltou.

"Eu olho para os últimos quatro anos e fico maravilhado com o que alcançamos juntos. Frente a desafios sem precedentes, redefinimos nosso esporte, lançamos uma marca progressiva, atraímos times icônicos, fomos a cidades incríveis e demos boas vindas a novos parceiros", prosseguiu.

"Este ano, estamos entregando recordes de público nas corridas e nas audiências, tanto por meio de emissoras como digitais, impulsionados pelas corridas incríveis permitidas pelo inovador carro Gen3", finalizou.