Fórmula E impõe maior limite de energia da história para forçar gerenciamento em Londres

Assim como no ano passado, a Fórmula E decidiu reduzir o limite de energia de seus carros para forçar uma corrida mais estratégia no eP de Londres, que encerra a temporada 2022/23

Na tentativa de transformar o eP de Londres, última etapa da temporada 2022/23, em uma corrida mais estratégica, a Fórmula E vai diminuir de forma drástica a capacidade energética dos carros, que terão apenas 27 kWh ao longo de cada prova, de acordo com o portal inglês The Race — ao contrário dos 38 kWh normalmente utilizados na categoria. A intenção é evitar corridas de aceleração plena e fazer com que as estratégias sejam mais variadas ao longo do fim de semana.

O GRANDE PRÊMIO entrou em contato com a Fórmula E para entender maiores detalhes da decisão e, tão logo haja resposta, o texto será atualizado.

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Com um dos traçados mais apertados da Fórmula E, a ExCel Arena — que recebe o eP de Londres — se notabilizou por receber corridas de menor preocupação com a energia e mais pé embaixo, exatamente o que a Fórmula E visa evitar na etapa que vai fechar o campeonato. Será, inclusive, a menor quantidade de energia permitida em toda a história da categoria.

Assim como nas últimas rodadas duplas, cada corrida do fim de semana terá uma duração diferente: no sábado, a primeira prova terá 36 voltas; no domingo, a disputa se resume a 34 giros. Desta forma, é natural esperar por cenários diferentes, já que a quantidade menor de energia vai exigir uma análise mais profunda de equipes e pilotos nos treinos livres.

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Dennis puxa pelotão na largada de Londres. Em 2023, inglês busca o título em casa (Foto: FIA Fórmula E)

Ainda assim, o traçado de poucas retas do eP de Londres indica uma corrida com menor preocupação em relação ao gasto de bateria. A pista recebeu uma alteração do ano passado para cá, com uma pequena reta adicionada depois da curva 16, e a expectativa é de que seja mais veloz este ano — porém, sem grandes diferenças em relação a 2022.

A redução de energia, é claro, é uma boa notícia para os conjuntos mais eficientes do grid, notadamente os de Jaguar e Porsche, com a óbvia inclusão das clientes Envision e Andretti. Jake Dennis, piloto da casa e que defende o time americano, ocupa a liderança do Mundial e é o mais próximo da conquista do título.

Os cortes energéticos não são uma novidade na Fórmula E. Na atual temporada, diversas corridas apresentaram alguma alteração no nível de bateria em relação à etapa anterior. O número, que inicialmente previa 41 kWh de capacidade total, ficou estabelecido em 40 kWh para a rodada dupla de Diriyah, antes de ser reduzido a 38,5 kWh para a etapa de Mônaco.

Mais uma vez, a Fórmula E terá uma rodada dupla com número diferente de voltas (Foto: Fórmula E)

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Em Jacarta, o total caiu para 36 kWh, mas subiu novamente para 38 kWh na chegada da categoria a Portland — que exigiu um uso de energia consideravelmente maior. Em Roma, o total ficou estabelecido em 37 kWh.

Além das variações estratégicas, outro motivo importante para a redução da energia foi a preocupação com segurança por parte da Fórmula E. Em uma pista que rendeu alguns acidentes perigosos nos últimos anos, como o que tirou Sam Bird da temporada no ano passado, carros com uma potência ligeiramente menor tendem a gerar menos preocupações.

Fórmula E, agora, retorna para decidir o campeonato no fim do mês. Entre os dias 29 e 30 de julho, o eP de Londres vai, enfim, definir quem será o grande campeão da primeira temporada da Era Gen3. O GRANDE PRÊMIO, emissora oficial da categoria no Brasil, transmite todas as atividades AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube e no Kwai.