Fórmula E confirma planos de correr em Tóquio e Los Angeles e descarta China para 2024

Enquanto a primeira temporada dos novos carros Gen3 segue rolando a todo vapor na Fórmula E, a organização da categoria já planeja os próximos passos e se aproxima de uma definição em relação ao campeonato do ano que vem. De acordo com o cofundador e chefe Alberto Longo, Tóquio e Los Angeles seguem como os sonhos principais da modalidade elétrica para sua décima edição, mas os acordos ainda não estão fechados. Com o Conselho Mundial de Esporte a Motor programado para se reunir em junho, uma definição é esperada até lá.

Longo já havia adiantado, em conversa com o GRANDE PRÊMIO antes do eP de São Paulo, em março, que a Fórmula E tenta organizar sua primeira corrida no Japão para o ano que vem e sonha em voltar a um dos grandes centros dos EUA após a saída de Nova York. Portland entrou no calendário deste ano, mas funciona como uma substituta provisória e não deve permanecer para o ano que vem.

Desta vem, em fala ao portal inglês The Race, o chefe da Fórmula E reafirmou os planos de fechar com Tóquio para 2024. No último fim de semana, foi até possível ver membros do governo japonês presentes ao eP de Mônaco como convidados da categoria — que usou a oportunidade para se aproximar de um acordo.

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"Sempre houve interesse por parte do governo de Tóquio para receber uma corrida da Fórmula E, e a Fórmula E sempre quis correr lá", admitiu Longo. "A Maratona de Tóquio levou oito anos para ser aprovada, e a maratona tem menos impacto na vida local do que nós. Então, é definitivamente difícil chegar lá", ressaltou.

"Eu diria que estamos mais próximos do que nunca", destacou. "Tóquio é, definitivamente, uma das cidades candidatas que temos [para 2024] e potencialmente pode ser adicionada ao calendário a curto prazo", frisou.

Sobre Los Angeles, uma das hipóteses levantadas pela própria categoria foi de correr em um formato parecido ao eP de Seul do ano passado, que usava tanto a parte externa quanto interna do Estádio Olímpico. No entanto, Longo freou as expectativas e afirmou que, apesar da quantidade de estádios na cidade californiana, a estrutura não é larga o suficiente para permitir a entrada e saída de carros de corrida.

"A princípio, é algo realmente bom, porque os estádios nos Estados Unidos ficam bem no centro das cidades, o que é nossa base, o que queremos fazer", salientou. "Eles possuem grandes estacionamentos ao redor, então você poderia fazer um evento fantástico em uma pista com muitas opções — do design do traçado à quantidade de arquibancadas que você pode ter, além das que já estão no estádio", comentou.

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"Então, é definitivamente algo que estamos analisando, e estivemos desde o início", garantiu. "Porém, em grande parte do tempo, a ideia foi rejeitada por causa do fato de que nós não conseguimos entrar nos estádios — os portões não são largos o suficiente", lamentou.

Por fim, sobre a China — que ainda possui protocolos sanitários rígidos após a pandemia —, Longo admitiu que é muito difícil imaginar um retorno ao país asiático no ano que vem. Por outro lado, o dirigente deixou claro que o local segue como uma das vontades da categoria para o calendário de 2025.

"Eu não sei se algum tipo de corrida será realizada lá, mas dissemos no início da temporada passada que não seria possível voltar esse ano", relembrou. "Para o ano que vem, continuamos em conversas com nossos promotores e, se não acontecer no ano que vem, voltaremos no ano seguinte", finalizou.

A Fórmula E volta a aquecer os motores a partir do dia 3 de junho, com a rodada dupla do eP de Jacarta. O GRANDE PRÊMIO, emissora oficial da categoria no Brasil, transmite todas as atividades de pista AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube e no aplicativo Kwai.