Drugovich diz que "seria perfeito" correr na Fórmula E se ficar fora da F1 2024

Na segunda atividade da temporada envolvendo apenas novatos da Fórmula E, Felipe Drugovich defendeu as cores da Maserati e liderou a tabela de tempos. Foi na manhã desta sexta-feira (14), num treino livre apenas para novatos que abriu os trabalhos do eP de Roma de 2023. Com boa vantagem, deixou novamente a impressão de que se entende com o carro da Fórmula E. E é claro: quer fazer parte do grid se não conseguir virar titular na Fórmula 1.

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Drugovich foi questionado sobre as possibilidades de ingressar no grid para a temporada que vem. A F1 ainda é prioridade, mas, se isso não se tornar realidade logo, quer seguir o trabalho de reserva em paralelo com o papel de titular na Fórmula E.

"Obviamente, sou um reserva para a Aston Martin e sempre disse que minha maior meta é estar na Fórmula 1. Vou continuar tentando isso, mas ainda conversando com o pessoal [da Maserati] ao lado", admitiu ao site inglês The Race.

"Vou seguir tentando por lá, mas, se não tiver vaga, claro que posso fazer dois programas em paralelo. Seria perfeito para mim. Fórmula E é uma grande competição e, certamente, eu gostaria de correr. Depende também do outro lado, mas gostaria de estar aqui", declarou.

Como reserva da Aston Martin, Drugovich não tem abertura no time inglês para subir na F1: Lance Stroll tem longo contrato, enquanto Fernando Alonso tem mais um ano de acordo e vive temporada mágica na categoria. Aberturas maiores aparecem em AlphaTauri e Alfa Romeo, mas, ao menos por enquanto, o nome de Felipe ainda não surgiu como possibilidade.

O ex-piloto e chefe da Maserati, James Rossiter, foi só elogios e mostrou que tem muito interesse em contar com os serviços do campeão da F2 2022. A equipe atualmente tem Edoardo Mortara sob interrogação, apesar de mais um ano de contrato, e Maximilian Günther, que tem acordo só até o fim da temporada atual, mas vive momento positivo.

"Felipe tem sido impressionante na maneira em que se portou e como aplicou o trabalho conosco. Eu creio seria um grande piloto nesta categoria, porque é claramente inteligente e absolve coisas rapidamente. Acredito em desenvolver talentos de futuro e, caso uma oportunidade apareça e ele se interesse [em ir para a Fórmula E], seria uma grande adição", apontou.

Com relação ao treino, Drugovich apontou sobre as diferenças que percebeu do trabalho de hoje para aquele realizado em Berlim. Na capital alemã, porém, os novatos trabalharam por um dia inteiro de atividades, enquanto na Itália, diferente, foi somente um treino de 30 minutos.

"A maior diferença de Roma para Berlim é que a pista estava mais emborrachada, alta aderência para os carros, e foi um dia inteiro de testes. A pista de Berlim era melhor e, aqui, pegamos a pista no pior momento possível", afirmou.

"Não vou escolher um ou outro [sobre ser melhor fazer teste ou treino], porque acho que precisamos ter ambos. Até para as equipes fazerem a avaliação de um piloto, precisam de um dia inteiro de teste numa pista suja, porque isso á parte do campeonato. A Fórmula E corre em circuitos de rua que, provavelmente, sempre estarão sujos", continuou.

Por fim, Drugovich ainda se disse bastante empolgado ao andar com a nova geração de carros da Fórmula E. "O Gen3 nesta pista é uma das combinações mais desafiadoras de carro e pista em que eu já guiei", falou.

"Foi muito divertido. Dá para dizer que fiquei preocupado no começo, vi como seria difícil, mas de volta a volta comecei a me sentir mais confiante com o carro. Foi legal de guiar, realmente curti. Minha abordagem foi a mesma [em relação a Berlim]. Mas, claro, sem acidente. Isso foi importante", seguiu.

A Fórmula E continua neste fim de semana, entre os dias 14 e 16 de julho, com a rodada dupla do eP de Roma, na Itália. O GRANDE PRÊMIO TRANSMITE TODAS AS ATIVIDADES AO VIVO E COM IMAGENS. Os horários estão aqui.