Crawford controla rivais no asfalto molhado e vence corrida 2 da F2 na Inglaterra

Jak Crawford efetuou bela largada, assumiu a ponta e venceu a corrida 2 da rodada da Inglaterra da Fórmula 2, realizada neste domingo (6). O norte-americano foi esperto para tirar do carro lento de Victor Martins à frente, controlou bem o carro no asfalto molhado de Silverstone e foi o primeiro a receber a bandeirada, atrás do safety-car. Alexander Dunne Luke Browning completaram o pódio.

A chuva que despencou no momento da Fórmula 3 deixou a pista encharcada o suficiente para criar um belo artifício para os pilotos da F2. Destaque para Browning, que fez belas ultrapassagens no asfalto molhado, mas não terminou tão satisfeito por ter parado antes do safety-car causado por Gabriele Minì.

Nas voltas finais, quando a pista já trazia trilho, a chuva voltou a cair e complicou totalmente a vida dos que arriscaram os slicks. Só que os líderes apostaram na bola de segurança e aproveitaram o safety-car para mais um jogo de pneus de chuva novos, mas nem precisou para tanto: a rodada de Joshua Dürksen no fim fez a corrida terminar sob bandeira amarela.

A Fórmula 2 retorna de 25 a 27 de julho em Spa-Francorchamps, palco da rodada da Bélgica.

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Confira como foi a corrida 2 da F2 em Silverstone:

A chuva resolveu dar uma trégua para a largada da F2, mas o temporal que despencou no momento da corrida da F3 foi suficiente para colocar todos de pneus de chuva para a largada. À frente, Martins puxava a fila, com Dunne ao lado, na primeira fila. Verschoor, o líder, era o sétimo no grid, formando fila com Beganovic.

Com um atraso de 15 minutos, os carros partiram para a volta de apresentação para a largada parada. Luzes apagadas, Martins ficou de novo no grid e tomou não apenas de Dunne, mas de Crawford, que espertamente saiu de trás do carro lento do francês, trouxe para a linha de dentro e surpreendeu o irlandês, assumindo a ponta.

Martins ainda perdeu posição para Staněk, porém recuperou antes de completar o primeiro giro. Volta 2 aberta, Crawford, Dunne, Martins, Staněk, Dürksen, Montoya, Verschoor, Lindblad, Browning e Beganovic formavam o top-10.

Enquanto Crawford abria 1s1 para Dunne, Browning apertava Lindblad por todo o setor 2 em briga válida pelo oitavo posto, dividindo curvas e efetuando belíssima ultrapassagem antes da reta principal. "Ele me passou por fora da pista", chiou o britânico da Campos enquanto perdia posição também para Beganovic, caindo para décimo.

Browning continuou abrindo espaço e deixou Verschoor para trás na Copse, subindo para sétimo. Beganovic veio na mesma toada e também conseguiu a ultrapassagem. "Os pneus traseiros estão completamente destruídos", avisou Verschoor à MP, com apenas cinco de 29 voltas.

A AIX, então, disse a Dürksen que mais chuva era esperada para os próximos 12 minutos. Ele era o quinto colocado, 1s5 atrás de Staněk e com 1s1 de vantagem para Browning. Pouco mais atrás, Fornaroli passava Lindblad, porém devolveu posição por ter efetuado o movimento por fora do traçado. Só que o piloto da Campos parecia penar muito mais para manter o carro no asfalto molhado, tanto que continuou sofrendo intenso ataque de Fornaroli.

Volta 8, alguns pilotos já começavam a mudar o traçado buscando água, uma vez que a ausência de chuva fazia o trilho rapidamente surgir. A previsão, porém, indicava mais água a caminho, e as equipes ainda não achavam prudente uma troca para slicks, já que o spray até então era considerável.

Mesmo em condições incertas, os pilotos proporcionavam belo pega no pelotão da frente, com Dürksen batendo Staněk e trazendo consigo Browning, que quase deu o bote em bobeada do paraguaio. Ele, todavia, conseguiu se defender e manter-se à frente, em quinto, com o britânico muito perto.

Nas voltas seguintes, os dois protagonizaram intenso duelo, com Dürksen fechando todos os espaços de Browning na Copse e resistindo em quarto. Só que a espalhada na Luffield, no giro seguinte, permitiu ao britânico efetuar a ultrapassagem. Joshua ainda se movimentou durante a frenagem em uma das defesas, em lance que não passou batido pelos comissários.

Volta 13, a direção de prova recuperou instante em que Lindblad tocou a traseira do carro de Verschoor e acabou ultrapassado por Fornaroli. Dois giros depois, a direção de prova liberou o uso do DRS, e Browning rapidamente colocou Martins na alça de mira. O britânico colocou por dentro na Luffield, mas não conseguiu concluir o movimento. Ele manteve a perseguição até a segunda região de asa móvel, na reta do Hangar, porém Martins deu o lado de fora.

Eles entraram na reta principal separados por 0s3, apenas. Nos boxes, algumas equipes já se aprontavam para uma possível troca para os slicks, só que os pilotos ainda não consideravam o momento ideal. O trilho era mais forte, porém não o bastante para os compostos de pista seca.

Enquanto isso, Crawford seguia firme na liderança, sempre mantendo Dunne a 1s5 atrás. E Browning arriscou nova tentativa de ultrapassagem no Hangar, ainda sem sucesso. Só que a conclusão veio no giro 18, por fora na Luffield.

Volta 21 de 29, a corrida atingiu importante ponto: de um lado, Dunne queria já colocar os slicks, só que a Rodin resolveu segurá-lo na pista. O irlandês, aliás, começou a tirar consideravelmente a diferença, muito mais rápido que Crawford e já a 0s6 de distância na abertura do giro 22.

Nos boxes, Minì entrou nos boxes e colocou os compostos de pista seca, só que por muito pouco não ficou parado na brita ao se tocar com Goethe na saída do pit-lane. O italiano até conseguiu resistir de primeira e voltar à pista, só que parou logo em seguida, causando o acionamento do safety-car virtual.

A Hitech, então, avisou a Browning que a previsão era de chuva nas três últimas voltas. O britânico arriscou e colocou um conjunto novo de pneus azuis. Crawford, pouco antes do regime de safety-car virtual, fez o mesmo e retornou em quinto, enquanto Browning, que parara antes do abandono de Minì, era o décimo. Dunne, portanto, passou a ser o líder.

Volta 24, foi a vez de Staněk rodar e ficar atravessado na pista. O curioso era que Lindblad, de pneus duros, já surgia com a melhor volta. Dunne, surtando com a lentidão de Cordeel à frente e sem poder ultrapassá-lo, entrou nos boxes, já com safety-car físico, para colocar compostos novos de chuva. Martins fez o mesmo, o que permitiu a Crawford recuperar a liderança. O irlandês ainda conseguiu voltar à frente de Browning, sem segundo.

Pista liberada, só que voltou a chover, exatamente conforme a previsão da Hitech. E ainda na reta principal, Dürksen rodou, não conseguindo retornar e fazendo a corrida terminar sob bandeira amarela, para a felicidade de Crawford.

Fórmula 2 2025, rodada da Inglaterra, Silverstone, corrida 2:

1	J CRAWFORD	DAMS	29 voltas
2	A DUNNE	Rodin	+0.227
3	L BROWNING	Hitech	+0.838
4	D BEGANOVIC	Hitech	+1.369
5	S MONTOYA	Prema	+1.753
6	L FORNAROLI	Invicta	+2.215
7	R VERSCHOOR	MP	+3.035
8	A LINDBLAD	Campos	+3.779
9	J M MARTÍ	Campos	+4.186
10	R VILLAGÓMEZ	Van Amersfoort	+4.467
11	O GOETHE	MP	+4.905
12	J BENNETT	Van Amersfoort	+5.333
13	M ESTERSON	Trident	+6.284
14	C SHIELDS	AIX	+6.502
15	R MIYATA	ART	+8.929
16	K MAINI	DAMS	+20.277
17	A CORDEEL	Rodin	+24.874
18	S MEGUETOUNIF	Trident	+1:15.614
	V MARTINS	ART	NC
	J DÜRKSEN	AIX	NC
	R STANĚK	Invicta	NC
	G MINÌ	Prema	NC