Bottas reclama de temperatura "alta demais" dentro do carro no Catar: "É como tortura"

Valtteri Bottas disse que, devido ao alto calor e o excesso de umidade ao longo das 57 voltas, a sensação de pilotar o carro da Alfa Romeo no GP do Catar foi como uma "tortura". Finlandês chamou atenção para a preocupação com a saúde dos pilotos

Integrante do grid da Fórmula 1 desde 2013, Valtteri Bottas já chegou a 217 corridas disputadas na categoria, o que o torna um absoluto veterano. Ainda assim, nada do que viveu na categoria poderia preparar o piloto finlandês para os acontecimentos do GP do Catar, 17ª etapa da temporada 2023, realizado no último fim de semana.

O calor, que levou diversos pilotos aos níveis mais absurdos de exaustão, foi classificado como uma "tortura" pelo titular da Alfa Romeo. Segundo ele, a situação foi pior do que em Singapura — conhecida por ser, até então, a pista mais exigente fisicamente do calendário — e definitivamente chegou ao limite em Lusail.

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"Diria que foi mais difícil do que em Singapura", admitiu Bottas. "A temperatura dentro do cockpit era simplesmente alta demais. Estamos chegando ao ponto de alguém sofrer com insolação. O sentimento é como tortura", explicou o finlandês.

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Stroll passa mal e vai direto para ambulância após GP do Catar (Vídeo: F1)

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Bottas, porém, não foi o único a sofrer com o calor. Lance Stroll passou mal ao sair do carro e procurou uma ambulância, Esteban Ocon vomitou ao menos duas vezes após a volta 15, Logan Sargeant foi ao centro médico com sintomas de desidratação, Alexander Albon e Fernando Alonso sofreram com o calor extremo emanado pelo motor, entre outros.

A comoção inclusive, fez com que a FIA se pronunciasse. A entidade, que reconheceu os problemas relacionados a temperatura e umidade em Lusail, destacou que a etapa do ano que vem será em uma época mais amena e garantiu que tomará medidas para evitar uma repetição dos fatos no futuro.

Ao ser informado do estado de saúde dos outros pilotos, Bottas não demonstrou surpresa. Segundo ele, uma situação como essa se encontra no limite do que é seguro ou não para o esporte.

"Não estou surpreso", afirmou Valtteri. "Qualquer [temperatura] mais alta do que isso deixará de ser segura", finalizou.