Toto Wolff: Vitória de Vettel não foi orquestrada pela Ferrari

O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, não acredita que a vitória de Sebastian Vettel no Grande Prémio do Mónaco tenha sido deliberadamente planeada por parte da Ferrari com o objetivo de beneficiar o piloto alemão em detrimento de Kimi Raikkonen.

Kimi Raikkonen parou algumas voltas mais cedo do que Sebastian Vettel, acabando por sair no meio do tráfego enquanto Vettel rodava em 'ar livre' e construía uma vantagem essencial para sair à frente do piloto finlandês na altura da paragem nas boxes.

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Apesar do visível ar desapontado de Kimi Raikkonen no final da corrida e dos comentários polémicos proferidos por uma boa quantidade de fãs, Toto Wolff diz que a Ferrari alcançou o "resultado certo para a equipa e para o mundial de pilotos".

"A performance do pneu [super macio] não era clara. Eles precisavam de parar um dos dois pilotos e montar um jogo de pneus super macios", começou por dizer Wolff.

"E como se viu, o pneu super macio não era suficientemente rápido e o Sebastian [Vettel] foi capaz de fazer algumas voltas fantásticas com os pneus ultra macios usados e isso deu-lhe a oportunidade de sair à frente do Kimi [Raikkonen]."

"Não me acredito que o tenham previsto. No final das contas, é o resultado certo para a equipa e para o mundial de pilotos, mas não acho que tenha sido orquestrado."

Com a dobradinha alcançada no Grande Prémio do Mónaco a Ferrari assumiu a liderança do Mundial de Construtores, com uma vantagem de 17 pontos em relação à Mercedes e Toto Wolff aproveitou para dar os parabéns à scuderia italiana e brincar com o facto de que agora é a Ferrari que tem de responder ao mesmo tipo de perguntas que a Mercedes tinha de responder quando dominava o campeonato.

"Eles estão finalmente onde nós já estivemos, onde tu acabas em primeiro e segundo e tens de explicar o porquê do piloto certo ter ganho."

"Primeiro que tudo, eles mereceram ganhar, eles tinham o carro mais rápido. Como resultado de equipa, uma dobradinha é bom. Os nossos parabéns, temos de lhe dar crédito", concluiu Toto Wolff.