RB diz que estratégia errada causou "confusão" entre Tsunoda e Ricciardo no Bahrein
CEO da RB, Peter Bayer disse que "confusão" entre Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo no GP do Bahrein poderia ter sido evitada se a equipe tivesse escolhido uma estratégia diferente na corrida e focasse em acompanhar Lance Stroll
Apontada como uma postulante ao top-10 nos testes coletivos da Fórmula 1, a RB (Visa Cash App RB) não conseguiu colocar as expectativas em prática na abertura da temporada, no GP do Bahrein, e saiu sem pontos da primeira corrida do campeonato de 2024 no último sábado (2). No fim da prova, entretanto, uma ordem de inversão de posições irritou Yuki Tsunoda, que não se conformou em ter de deixar Daniel Ricciardo passar. Para o CEO Peter Bayer, uma estratégia diferente teria evitado a confusão.
Naquele momento, Ricciardo era o 14º e usava pneus macios, enquanto Tsunoda andava em 13º com os duros. Como o japonês não conseguia passar por Kevin Magnussen, a RB ordenou a troca de posições, mas o australiano também ficou preso atrás do dinamarquês — o que levou a uma série de reclamações por parte de Yuki. No fim, todos permaneceram nas mesmas colocações até a bandeirada.
"Sabíamos que, em termos de ritmo, se as cinco primeiras equipes entregassem, seria muito difícil para todos [pontuarem]", disse Bayer ao portal Autosport. "Para nós, uma janela havia se aberto com o toque entre Stroll e Hülkenberg. E isso significou que, se conseguíssemos ser perfeitos dali em diante, teríamos uma chance de conseguir o décimo lugar", explicou.
"Acho que deveríamos ter focado em Stroll. Ele parou na volta 28, deveríamos ter coberto e parado na 29. Teria evitado, primeiramente, a briga com Magnussen, e também a confusão entre os pilotos [Ricciardo e Tsunoda]. Mas é sempre mais fácil de ver depois", apontou.
Bayer confirmou, entretanto, que a RB conversou com Tsunoda pelo rádio antes de pedir a inversão com Ricciardo. Segundo o CEO, o japonês deveria ultrapassar Magnussen, algo que não conseguiu fazer. Os dados também não indicavam que Yuki tinha condições de passar o piloto da Haas, o que forçou a equipe italiana a ordenar a passagem de Daniel.
"Nós conversamos sobre as ordens de equipe. Avisamos ao Yuki: 'você precisa ultrapassar o Magnussen, ou vamos trocar'. Ele não conseguiu em duas voltas, então trocamos. Conversamos com ele. [As reclamações] são normais. Sabemos que ele é um piloto emotivo e rápido", avaliou Bayer.
"E não é fácil, porque eles estão lá no carro e sentem que podem conseguir. Mas vemos nos dados quando não podem. Então, precisamos tomar essas decisões", afirmou.
Por fim, Bayer disse que a RB precisa focar em encontrar os melhores acertos para o carro antes da chegada das primeiras atualizações. Com um grid equilibrado no pelotão intermediário, o CEO disse que, com exceção da briga pelo título, espera ver um ano "muito interessante".
"Por agora, é sobre realmente focar em acertar o equilíbrio do carro nos ajustes finos. É interessante, Yuki parece estar bem feliz com o equilíbrio. Daniel [Ricciardo] ainda quer um carro mais frontal, e já conseguimos encontrar um acerto para ele. Aprendemos muito neste fim de semana, e vamos levar a briga aos outros caras na semana que vem, em Jedá", pontuou.
"Está muito, muito apertado. É sobre alguns décimos de segundo. Na classificação, chega a milésimos de segundos. Acho que, se esquecermos de Max [Verstappen], será um ano muito interessante", finalizou o CEO da RB.
A temporada 2024 da Fórmula 1 continua nesta semana, entre a quinta-feira (7) e o sábado (9), com o GP da Arábia Saudita, em Jedá. O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após segundo treino livre e classificação, além de antes e depois da corrida.
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