Por que Alpine abandonou uso de flow-vis durante testes do GP da Itália?

Alpine optou por realizar testes à moda antiga na asa traseira com baixo downforce durante o GP da Itália e dispensou o uso do flow-vis durante a coleta de dados aerodinâmicos

A Alpine chamou a atenção durante os testes realizados para o GP da Itália, que aconteceu entre os dias 1º e 3 de setembro. Isso porque o time francês optou por não utilizar o flow-vis para fazer a coleta de dados aerodinâmicos na asa traseira com baixa carga de downforce. Para isso, a equipe se valeu de um método um pouco mais tradicional e instalou tufos de fios em alguns pontos específicos da asa da A523.

À medida que a tecnologia da Fórmula 1 e a compreensão do fluxo de ar evoluíram, as equipes adotaram o uso do flow-vis para fazer, na prática, experimentos nas peças novas dos carros. Contudo, a Alpine teve seus motivos para seguir com o método antigo.

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O Flow-vis é muito utilizado durante os testes de pré-temporada (Foto: Reprodução)

Com o flow-vis os times conseguem entender como está sendo a passagem de ar pelo carro e como ele pode impactar um componente específico do projeto. Assim, a tinta se espalha pelo carro e, quando retorna para a garagem, os engenheiros analisam o movimento da tinta para tentar entender se os componentes funcionaram da maneira prevista.

O ponto fraco do flow-vis, no entanto, é que ele não informa como a aerodinâmica está funcionando em um ponto específico da pista ou em uma velocidade definida. E foi por isso que a Alpine seguiu por um caminho mais tradicional.

Os tufos de fios utilizados pelos franceses permitem entender como o fluxo de ar está reagindo em cada ponto do circuito. Para isso, câmeras de alta resolução são instaladas no carro para focar nos tufos e capturar imagens de vídeo de como os fios individuais se comportam quando ele está em funcionamento.

A direção dos fios indicam a direção do fluxo de ar e as mudanças de pressão, e podem ser comparadas em várias velocidades e em diferentes curvas. Se o aparato faz o esperado nas retas, mas se comporta de forma inesperada nas curvas, isso é mostrado para os engenheiros com mais precisão que o flow-vis.

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