Pilotos questionam procedimentos após desclassificações nos EUA: “Não é a 1ª vez”

Depois do contratempo após o GP dos Estados Unidos, pilotos cobraram uma fiscalização mais intensa e eficiente por parte da Federação Internacional de Automobilismo (FIA)

A desclassificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc do GP dos Estados Unidos repercutiu entre os pilotos da Fórmula 1. Para os competidores, essa não foi a primeira vez que um carro estava irregular durante uma uma corrida. Por isso, pediram uma maior eficácia por parte da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na hora de fiscalizar os carros.

Após o GP dos Estados Unidos, a FIA constatou irregularidades nas pranchas do assoalho tanto do #44 da Mercedes quanto do #16 da Ferrari. O artigo 3.5.9 do regulamento técnico da F1 fala sobre as especificações das pranchas de madeira, que devem ter 10mm de espessura e o desgaste máximo delas na corrida não pode superar 1mm. 

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Alexander Albon criticou a forma de investigação da FIA (Foto: AFP)

Isso acontece pelo processo de fricção da madeira com o asfalto durante as provas e tem sido acentuado nas etapas com sprint em 2023, ainda mais em um circuito ondulado como o do Texas.

Alexander Albon, titular da Williams, entende que é inviável para a entidade fiscalizar todos os 20 carros durante todas as corridas no ano. No entanto, entende que a FIA pecou ao não checar a integridade do componente dos carros de George Russell e Carlos Sainz, pilotos que também defendem, respectivamente, Mercedes e Ferrari.

“Acho que talvez você não precise verificar todos os carros, todas as corridas, o tempo todo. Mas se houver um piloto ilegal em uma equipe, há uma chance muito, muito alta de que o outro carro, o companheiro de equipe desse piloto, também seja ilegal. Portanto, não sei quanto seria necessário para verificar mais alguns carros, mas não acho que isso seria um problema tão grande”, disse Albon.

Esteban Ocon tem um pensamento similar ao de Albon, e acredita que outras equipes também poderiam estar irregulares no GP dos Estados Unidos. Contudo, afirmou que o formato sprint pode ser um dos responsáveis por causar esse contratempo nos times.

“Acho que é um exercício extremamente difícil apenas adivinhar qual altura o carro deve ter. Há um risco e uma recompensa, obviamente, nesse tipo de exercício: se você abaixar o carro, você obtém mais desempenho, mas corre o risco de você ser ilegal com sua prancha”, analisou Ocon.

“Vimos carros mudando de configuração ao longo dos finais de semana por causa dessas coisas e um treino livre é pouco para ajustar seu carro. Portanto, tenho certeza de que não é a primeira vez que há carros ilegais como nesse fim de semana. Acho que no formato normal é muito menos provável que isso aconteça, mas tenho certeza que nas outras corridas também aconteceu”, finalizou o titular da Alpine.

Fórmula 1 retorna já no fim de semana, com o GP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, para a 19ª etapa da temporada 2023.