Mercedes fala em "imagem sombria" no GP de São Paulo e revela: "Alarme soou na sprint"
O chefe de desempenho da Mercedes, Riccardo Musconi, explicou que a equipe foi surpreendida já na classificação e ali soube que teria problemas no resto do fim de semana, só que optou por não violar a regra do parque fechado para mexer na configuração do carro
A Mercedes deixou o Brasil com uma "imagem sombria" acerca do próprio desempenho. Dominante no GP de São Paulo da edição passada, a expectativa era de ao menos uma boa apresentação na corrida deste ano, porém a sprint já deixou claro que os alemães teriam muitos problemas pela frente.
A revelação foi feita pelo chefe de desempenho da equipe, Riccardo Musconi. Em Austin, a Mercedes introduziu no W14 um novo assoalho e conseguiu andar bem próxima à Red Bull, apesar da desclassificação de Lewis Hamilton por conta do desgaste excessivo da prancha. O time voltou a andar bem no México, e as simulações de corrida indicavam que o encerramento da perna nas Américas, em Interlagos, também seria positivo, só que a base em Brackley tomou um revés: Hamilton não passou do oitavo lugar, enquanto George Russell abandonou quando faltavam 14 voltas para poupar a unidade de potência.
Foi, nas palavras de Toto Wolff, "o pior fim de semana em 13 anos". Musconi explicou que o problema começou ainda na tarde de sexta-feira, uma vez que "o ritmo que mostramos a longo prazo nos treinos livres foi bastante reconfortante".
"Não imaginamos que seria preciso mudar o carro, então partimos para a classificação, e os resultados foram em torno da terceira fila. Não ficamos satisfeitos e sentimos que o carro merecia mais", destacou.

"Os alarmes dispararam durante a sprint, pois após duas primeiras voltas encorajadoras, o desgaste do nosso carro foi muito alto, principalmente vindo do eixo traseiro. Nesse momento, estávamos preocupados com o nosso desempenho no domingo", continuou o engenheiro.
A partir daí, a primeira atitude foi preparar uma simulação na fábrica para checar o que poderia ser alterado entre sábado e domingo sem ferir a regra do parque fechado — as equipes são proibidas de alterar a configuração dos carros, e violar o regulamento estava "fora de questão".
"Esperávamos que resolver alguns dos problemas do sábado, como pressionar muito nas primeiras voltas, melhorar o gerenciamento e reduzir um pouco o equilíbrio do carro com a aleta, fosse suficiente para estarmos em uma posição mais confortável no domingo", continuou Musconi, mas o trabalho foi em vão.
"O que saiu no domingo foi uma imagem bastante sombria, parecida com o sábado. Melhoramos um pouco o desgaste no eixo traseiro, mas ao mesmo tempo começamos a sofrer com o carro saindo de frente, então ele estava com dificuldades para fazer as curvas. Portanto, não tínhamos ritmo e não podíamos competir na frente", encerrou o chefe de desempenho.
A Fórmula 1 volta daqui a uma semana com o aguardado GP de Las Vegas, penúltima etapa da temporada 2023, entre os dias 17 e 19 de novembro.
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