Mercedes descarta violar teto de gastos por atualizações: "Custo controlado até parafusos"
Toto Wolff disse que análises do fluxo do dinheiro gasto estão sendo feitas pela Mercedes e que o carro do próximo ano não será afetado por despesas excessivas
Com as recentes atualizações no W14 feitas e os resultados vistos na pista, a Mercedes já pensa cada vez mais na temporada 2024 da Fórmula 1. Toto Wolff ainda afirmou que mais virão este ano e garantiu que a equipe alemã não vai precisar estourar o teto de gastos estabelecido pela categoria para isso.
Desde 2021, a Fórmula 1 estipulou um teto de gastos para os times do grid, ou seja, elas só podem gastar até o valor determinado, que atualmente é de US$ 135 milhões (aproximadamente R$ 644 milhões na cotação atual), além de valores acrescidos por conta de correção monetária para serem aplicados na escuderia.
“Montamos uma grande equipe em nosso departamento financeiro, composta por 46 pessoas, que monitora o limite de custo até o último parafuso. Seguimos a tendência de gastos durante todo o ano e basicamente alocamos recursos para vários projetos. No ano passado, ficamos abaixo desse limite o ano todo, e este ano também permanecemos abaixo. Considerando uma transição de desenvolvimento normal para o próximo ano, ainda estamos no caminho certo”, explicou Wolff.
Essa análise do fluxo do dinheiro traz ainda mais vantagens para a Mercedes, que sabe exatamente onde pode aplicar os gastos para ter ainda mais ganhos de desempenho, além das lições que podem ser tiradas com a análise mais certeira de dados. "A boa notícia é que estamos constantemente aprendendo sobre o que o carro está fazendo. Faremos algumas mudanças fundamentais no design para o próximo ano, mas não estamos construindo coisas. É mais sobre o que estamos simulando, e isso não é medido em dinheiro. São teraflops ou horas em túnel de vento”, disse o dirigente austríaco.
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Outro integrante da equipe que concorda com Wolff é Lewis Hamilton. O heptacampeão também alertou a equipe que para voltar ao rumo das vitórias mais constantes, a Mercedes precisa ainda ficar de olho em alguns pontos onde ainda perde desempenho, uma análise feita devido às características do Circuito Gilles Villeneuve, onde a última etapa do Mundial de F1 foi realizada.
“Lutamos nas curvas de velocidade mais baixa, particularmente, e era onde eu estava perdendo para Fernando [Alonso] e para Max [Verstappen] — acontecia muito ao tracionar na curva 2, mas, era praticamente em todas as curvas. Temos muito trabalho a fazer apenas para adicionar downforce traseiro ao carro e um pouco mais de eficiência. Mas estamos melhorando", explicou o piloto do carro #44 em Montreal.
Hamilton ainda foi perguntado o quanto as melhorias feitas pela Mercedes, que foram implantadas no GP de Mônaco, mudaram o W14. "Na verdade, não parece uma grande diferença para o início do ano. Há alguns elementos do carro que parecem diferentes, mas há simplesmente ter um pouco mais de downforce no carro. Mas as características do carro são muito, muito semelhantes ao que tínhamos no início do ano. Para o carro do ano que vem, você precisa mudar bastante coisa. Definitivamente, não é o carro que será capaz de bater a Red Bull ainda. Então, temos que trabalhar nisso”, completou o inglês.
A Fórmula 1 volta em duas semanas, entre os dias 30 de junho e 2 de julho, com o GP da Áustria, em Spielberg, nona etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.