McLaren quer se “espelhar em Ferrari da era Schumacher” para voltar a vencer na F1

Andrea Stella, chefe da McLaren, esteve na Ferrari no início dos anos 2000 e vai se inspirar na operação italiana para voltar a vencer na Fórmula 1. Para o dirigente, a continuidade é vital para criar um projeto bem estruturado na categoria

A McLaren tem ganhado destaque na temporada 2023 da Fórmula 1 depois de evoluir a ponto de se tornar a segunda força clara do grid. No entanto, o objetivo do time é voltar a brigar por títulos e vitórias e, para isso, o chefe Andrea Stella afirmou que vai se inspirar na Ferrari do início dos anos 2000, que quebrou inúmeros recordes com Michael Schumacher. Segundo o dirigente, um dos segredos para o sucesso é ter continuidade no projeto com funcionários experientes.

Stella chegou na Ferrari em 2000 e trabalhou com Schumacher, Jean Todt, e Ross Brawn, pilares importantes do time italiano na época. Embora o domínio tenha começado apenas no início da década, o time italiano já estava elaborando o projeto desde meados dos anos 1990. Por isso, o chefe da McLaren acredita que a experiência dos engenheiros, somado a um trabalho longevo, são fundamentais para criar uma equipe competitiva.

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McLaren se consolidou como segunda força na F1 2023 (Foto: AFP)

“A experiência e a continuidade das pessoas envolvidas foi simplesmente extraordinário. Acho que alguns deles até aceitaram permanecer em uma determinada função, sabendo que estavam absolutamente prontos para escolher um ou dois cargos superiores caso fossem para outro time, mas aceitaram permanecer nessa função porque era isso que era necessário para criar o que foi possivelmente a equipe mais forte que já vimos na Fórmula 1”, disse Andrea ao Beyond the Grid, podcast da F1.

“Houve muita continuidade nessa jornada em que você continua identificando o que precisa acrescentar e continua construindo tijolo por tijolo. Acho que isso é algo que perdemos durante a era Fernando [Alonso], mas definitivamente precisaria de muita continuidade e dessa abordagem tijolo por tijolo que foi estabelecida em meados dos anos 90 na Ferrari”, continuou o mandatário.

Antes de ser anunciado como chefe da McLaren no fim do ano passado, Stella passou por diferentes cargos na Fórmula 1. No entanto, para ele, prezar pela continuidade é algo essencial para uma escuderia. Por isso, pretende manter esse ideal enquanto estiver no comando do time britânico.

“Existem alguns elementos do roteiro que não mudaram ao longo dos anos, independentemente da função que desempenhei. E continuidade e experiência fazem parte desse roteiro na McLaren também. Definitivamente queríamos trabalhar nesse elemento de experiência, trazendo o que chamamos de potência para a equipe”, seguiu Andrea.

“Queremos competir com Red Bull, Mercedes , Ferrari. Por si só, é uma missão difícil e precisamos estar bem equipados. Portanto, estamos muito entusiasmados que David [Sanchez] e Rob [Marshall] contribuam com seus conhecimentos, com sua experiência, com sua visão para esta geração de carros e também para 2026", finalizou.

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