Verstappen já pula para frente e lidera TL1 do GP dos EUA de F1. Stroll tem problema
Max Verstappen precisou colocar os pneus macios para conseguir, mas terminou mesmo com a primeira posição do único treino livre para o GP dos Estados Unidos
Demorou bastante, até os últimos dez minutos, mas o aparecimento dos pneus macios fez com que pilotos e equipes dessem uma pitadinha dos ritmos de classificação para a formação do grid de logo mais. Foi assim que se desenhou o primeiro e único treino livre desta sexta-feira (20) de GP dos Estados Unidos de Fórmula 1. No fim das contas, ainda que outros pilotos tenham passado importantes minutos na frente, foi mesmo Max Verstappen quem ponteou.
Atrás de Verstappen, nada de McLaren ou Aston Martin, que sequer testaram os pneus macios. Lando Norris, porém, mostrou bastante força com duros e médios - liderava, inclusive, antes dos macios começarem a aparecer.
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Charles Leclerc foi o segundo colocado, seguido por Lewis Hamilton, Sergio Pérez, Kevin Magnussen, George Russell, Alexander Albon, Carlos Sainz, Nico Hülkenberg e Pierre Gasly fecharam o top-10.
Bem longe das primeiras posições estava o caso de Lance Stroll. Irritado e extremamente frustrado com as exibições recentes e a dificuldade de se encontrar na temporada, o piloto canadense voltou a ter problemas. Logo nos primeiros minutos, a Aston Martin ordenou que Stroll voltasse aos boxes para tratar de um problema no disco de freios do trecho dianteiro esquerdo do carro. E não voltou mais.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP dos Estados Unidos de Fórmula 1. Logo mais, a classificação está marcada para as 18h (de Brasília, GMT-3). No sábado, a classificação sprint acontece às 14h30, com a largada da prova curta às 19h. Já no domingo, a corrida oficial larga às 16h. O GRANDE PRÊMIO ainda exibe classificação, corrida curta e a corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, através da GPTV — o início das transmissões se dá 15 minutos antes das atividades.

Confira como foi o TL1:
A Fórmula 1 definitivamente chegou às Américas para a rodada tripla que viverá no continente. E o primeiro dia da verdadeira maratona, iniciando pela pista de Austin, Texas, casa do GP dos Estados Unidos, era num verdadeiro calorão e com direito a classificação de cara. Sim, é verdade que a temperatura para o primeiro treino livre era menor que a esperada para mais tarde. Estava na casa dos 32°C, com o asfalto perto de 40°C. Mais tarde, promessa de piorar bastante.
Como normalmente ocorre num fim de semana em que o treino livre inicial é também o único, a fila de carros estava formada no pit-lane instantes antes da luz verde ser acionada. Assim que o relógio iniciou, carros no traçado. George Russell e Nico Hülkenberg lideraram o pelotão, mas que estava cheio.
Quando a marca de cinco minutos de sessão foi atingida, 16 pilotos já tinham volta cronometrada e 17 já haviam ao menos rodado alguns metros. Somente Logan Sargeant, Lando Norris e Alexander Albon seguiam nos boxes, mas por pouco. Em seis minutos, todos haviam ligado os motores.
A escolha de pneus da Pirelli para o fim de semana era a da gama média: pneus C2, C3 e C4, como, respectivamente, duros, médios e macios. Mas os macios continuavam guardados nos primeiros minutos, com apenas os duros e médios em ação. De duros, Max Verstappen cruzava na liderança após os primeiros dez minutos com o tempo de 1min37s687. Quase 1s para Lewis Hamilton, segundo também usando os duros. O melhor de médios inicialmente era Valtteri Bottas, que aparecia 1s1 atrás, em terceiro.
Dentre aqueles mais animados nas primeiras voltas pelo traçado estava Daniel Ricciardo, que retornava após ausência desde os treinos livres do GP dos Países Baixos, quando se acidentou e acabou fraturando a mão. Com isso, agora oficialmente, Liam Lawson saía de cena no grid.

"Acho que ele não me viu, mas quase batemos", foi o recado de Carlos Sainz após passar rente ao amigo Lando Norris. O nível de reclamação era bem diferente ao do restante dos pilotos. Pudera, Sainz e Norris são os melhores amigos do grid da F1 desde o tempo em que andavam juntos na McLaren, como bem se sabe.
Enquanto Verstappen melhorava a volta da dianteira, notícias difíceis na Aston Martin. Aliás, mais uma vez: a equipe ordenou que Lance Stroll retornasse aos boxes por "problemas no pneu dianteiro esquerdo". E ordenou que não usasse os freios até entrar nos boxes. Uma vez que o canadense parou na garagem, a equipe imediatamente levantou o bólido e começou a mexer no disco de freio. O carro de Fernando Alonso também passou a ser verificado, mas sem a mesma preocupação. Ao menos aparentemente, era mais uma questão de se certificar que estava razoável.
Os tempos iam mexendo com o passar dos minutos. Sem Verstappen na pista, Hamilton foi quem andou em 1min37s394 e tomou a ponta. Norris se lançou ao terceiro lugar, mas o restante do grid estava bem bagunçado e sem indicativos muito claros de ordem de força.
Os últimos minutos antes da marca de metade da sessão foram bastante silenciosos, com pouca gente na pista e ninguém virando voltas rápidas. Com isso, na marca de 50%, Hamilton, Verstappen e Norris seguiam os três primeiros. Atrás deles, Yuki Tsunoda, Kevin Magnussen, Charles Leclerc, Sergio Pérez, Ricciardo, Guanyu Zhou e Oscar Piastri fechavam o top-10. Sainz e Russell pintavam apenas nas posições 13 e 16, respectivamente.
Apesar do problema de Stroll, era um treino com poucas dificuldades visuais para os pilotos. Nos minutos seguintes, leves escapadas de Albon e Esteban Ocon receberam a cereja do bolo de uma saída de Piastri antes da entrada da curva nove. Com a McLaren de frente para a barreira de pneus, em velocidade e aparentemente sem muito controle, o australiano conseguiu mostrar enorme habilidade para evitar o impacto e seguir como se nada tivesse acontecido.
Stroll já estava fora do carro e não dava qualquer demonstração de que conseguiria voltar à pista, mas Alonso andava normalmente e abria volta rápida. O bicampeão, contudo, tirou o pé nos metros finais e continuou na 17ª posição.
Finalmente, novas voltas rápidas vieram após a marca de 40 minutos. Conforme o asfalto esquentava um tanto mais, Norris virava 1min37s256 para tomar a dianteira utilizando os pneus médios. Mas era basicamente isso e Alonso subindo ao nono posto.
A primeira aparição dos pneus macios se deu com 13 minutos para o fim, quando Sargeant acionou a borracha mais aderente para testar com a Williams. Imediatamente, pulou para a quarta colocação. Em seguida, Albon foi para 1min36s535 e a ponteira com 0s7 para Norris. Neste ponto, a maioria dos pilotos estava nos boxes. Naturalmente, mais gente colocaria os macios em seguida.
Mas Norris voltou à pista novamente com pneus médios num experimento, conforme a própria equipe. Enquanto isso, Ferrari, Red Bull, Mercedes e algumas outras equipes vestiam os pilotos de pneus macios.
Conforme o esperado, Verstappen voou com os pneus macios e fez 1min35s912 para recuperar a dianteira.