Verstappen critica calendário recorde com 24 corridas da F1: “Estressante para todos"

Max Verstappen verbalizou, mais uma vez, o quão estressante é o calendário da Fórmula 1, mas pontuou que a extensa programação é ainda pior aos membros das equipes. Após o primeiro final de semana com corrida sprint da temporada, o GP da China, realizado entre os dias 19 e 21 de abril, o neerlandês indicou que a jornada é mais difícil aos mecânicos e engenheiros, que precisam trabalhar com enorme pressão para acertar o carro com apenas um treino livre.

A programação anual da Fórmula 1 tem sido alvo de críticas pelos competidores há algumas temporadas. Indicam ter muitos eventos, acompanhando de diversas viagens, sendo muitas delas intercontinentais — a maior parte dos membros das equipes e pilotos têm suas bases na Europa. Vale destacar que praticamente todos os competidores fazem o deslocamento por meio de jatos privados, enquanto a maior parte dos funcionários utilizam voos comerciais, o que pode representar diversas escalas e conexões até o destino final.

As vozes têm sido uníssonas e recheadas de críticas ao calendário recorde da Fórmula 1, com 24 etapas programadas para esse ano. Em Xangai, Lando Norris mencionou que a jornada “não é sustentável e nem saudável” para mecânicos e engenheiros. Esse cabo de guerra acontece pelo fato de a categoria caminhar em direção ao aumento do número de eventos — um desejo nunca escondido pela Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da categoria.

Ainda no autódromo de Xangai, Verstappen ressaltou o quanto o trabalho em pista impacta a rotina de quem atua fora dela. Sabe-se que existe uma programação que envolve testes no simulador, análise de dados, treinos de pit-stop, entre tantas outras atividades feitas durante a semana, além das longas viagens para os GPs — até aqui, todas as corridas foram disputadas na Ásia e no Oriente Médio.

“Dessa vez [na China], o formato foi melhor, um pouco mais direto, mas não vamos exagerar [nos elogios]. Temos 24 corridas, com seis sprints no ano. Estão vendendo melhor a Fórmula 1 [com mais etapas], mas é muito mais estressante aos mecânicos e a todos que precisam deixar os carros no mais alto nível”, comentou.

Verstappen foi além e pediu para que não aumentem o calendário e nem a programação anual com corridas sprint, limitadas aos seis finais de semana. "Temos de lidar com isso, mas não vamos pensar que agora precisamos de mais 12 [sprints], porque isso vai cobrar o preço", finalizou.

Além do GP da China, os GPs de Miami, Áustria, Estados Unidos, São Paulo e Catar vão receber o formato sprint em 2024. A Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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