Hamilton critica censura de manifestações políticas na F1: "Estamos na direção errada"

Após a FIA proibir manifestações políticas e religiosas na F1, e Lewis Hamilton perceber que ainda há resistência de pessoas para acolher pautas relacionadas à diversidade, o heptacampeão criticou essa postura e mostrou acreditar em seu trabalho para mudar cenário

Para a temporada de 2023, a FIA proibiu manifestações políticas e religiosas sem aprovação prévia. Essa medida não foi vista com bons olhos por Lewis Hamilton, uma figura ativa na promoção da diversidade na Fórmula 1. Para o heptacampeão, a proibição vem de encontro com suas ações fora das pistas — e o britânico acredita que pessoas no meio ainda oferecem resistência para que a categoria se torne menos excludente.

Hamilton vem levantando a bandeira da diversidade e inclusão na F1 há algum tempo, e a proibição da FIA foi alvo de críticas não só dele — mas de pilotos como Max Verstappen e Lando Norris. Por outro lado, Christian Horner, chefe da Red Bull, é um dos que concordaram com as novas regras, dizendo que “a Fórmula 1 não é um esporte político e não deveria ser usado de maneira política”. A falta de unanimidade em relação à diversidade, com posicionamentos contrários na categoria, é alvo de críticas de Hamilton.

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"Quando leio isso no noticiário, me diz que estamos indo na direção errada, é contrário ao que venho tentando fazer com a equipe e em conversas com as partes interessadas dentro do esporte. Mas espero resistência, ainda existem pessoas que não entendem totalmente ou não acreditam na importância de ter um ambiente inclusivo. Acho que meu trabalho e nosso trabalho é continuar a destacar os aspectos positivos que isso pode ter e significar mais”, destacou.

Manifestações políticas e religiosas sem aviso prévio estão proibidas pela FIA (Foto: AFP)

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Outra iniciativa de Hamilton é a Mission 44, fundação criada em 2021 com o objetivo de apoiar e incentivar jovens de grupos minoritários do Reino Unido. Além disso, apesar de suas ações a favor da diversidade não serem unanimidade, Lewis contou que tem o apoio do CEO da F1, Stefano Domenicali, e reafirmou o compromisso de estar trabalhando rumo à direção certa.

"Estou muito feliz por ter a Mission 44, agora estou trabalhando com a equipe e temos esses gráficos de diversidade, nos quais tenho trabalhado com todas as equipes. Stefano [Domenicali] é um grande líder e é muito voltado para a família, muito compreensivo e já se manifestou contra o que foi dito, então continuaremos a trabalhar juntos na direção certa”, reforçou.