Giovinazzi: Pensei que a chamada da Sauber fosse uma piada

Com Pascal Wehrlein a ter de se ausentar devido a uma lesão nas costas, a Sauber foi forçada a chamar Antonio Giovinazzi à última hora para substituir o alemão. Giovinazzi não desperdiçou a oportunidade e ficou muito perto de Marcus Ericsson na qualificação. Agora, o italiano está ansioso por ser o primeiro piloto do seu país a participar num Grande Prémio desde 2011.

P: Antonio, que diferença faz um dia: ontem eras o piloto de reserva da Ferrari e hoje és o piloto de corrida da Sauber. Como é que isso aconteceu?

Antonio Giovinazzi: Bem, recebi uma mensagem da Ferrari e do meu gerente esta manhã. Na verdade, eles informaram-me ontem à noite, mas já era tarde demais para mim - já estava na cama - por isso só descobri quando acordei!

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P: Que emoções sentiste?

AG: O meu primeiro pensamento foi: alguém está a brincar comigo. Depois descobri que era tudo verdade e fui de imediato para a pista falar com os engenheiros. Estar aqui é algo que eu ainda mal posso acreditar. É um sonho de infância que de repente se tornou realidade!

Claro que estava um pouco nervoso porque não conhecia a pista, mas acho que estive bem. Fiquei a poucos décimos do meu colega de equipa, por isso estou muito satisfeito com o dia de hoje.

Amanhã será um dia difícil. Toda a gente diz que esta pista é um pouco peculiar e que tudo pode acontecer, por isso o meu plano para amanhã é fazer um bom arranque, não cometer erros e terminar. Claro que terminar nos pontos seria um sonho ainda maior - mas já que estou a viver um sonho agora, por que não?

P: Cometeste um erro na última volta - sem isso, terias igualado o Ericsson?

AG: Não sei. Cometi um erro na primeira curva, depois recuperei no segundo setor e errei outra vez no último, por isso não sei se seria suficiente. Talvez precisasse de outra sessão. Mas para ser honesto, já obtive mais do que aquilo que eu esperava. Estou muito feliz com o meu desempenho.

P: Como descreverias aquilo que aconteceu à tua carreira desde o final de Novembro?

AG: Bom, o final de Novembro não foi assim tão bom, porque perdi o título da GP2 na última corrida. Mas depois veio o contrato com a Ferrari e o teste com a Sauber em Barcelona. E seguiu-se a informação de que iria correr amanhã. O que mais posso pedir?

P: És o primeiro italiano a participar num Grande Prémio desde 2011. Como te sentes?

AG: Estou muito feliz. É bom saber que a Itália está representada na F1. É importante ter um italiano aqui. Agora terei de trabalhar muito para cá ficar.

P: Como te sentes fisicamente para a corrida? Não era suposto entrares em pista neste fim de semana...

AG: Mantive o meu regime de treino durante todo o fim de semana, mas não foi um problema entrar no carro aqui ou em Barcelona. Estou preparado para amanhã - e depois da corrida é que se verá se estava em forma ou não!