Russell reclama de pneus após 4º lugar na sprint em São Paulo: "Decepção"
Superado por Lando Norris e Sergio Pérez depois de uma grande primeira volta, George Russell ficou decepcionado com o comportamento dos pneus e admitiu que o problema se tornou um dilema da Mercedes na F1 2023
George Russell apresentou um ritmo forte na primeira volta, quando conseguiu ultrapassar Sergio Pérez e Lando Norris, mas sofreu com o desgaste dos pneus e foi superado pelo britânico da McLaren e o mexicano da Red Bull nas voltas seguintes. Sem ritmo para acompanhar os adversários, o piloto da Mercedes concluiu a sprint do GP de São Paulo, realizada neste sábado (4), na quarta colocação.
Ao término da prova curta no traçado paulistano, Russell ficou "decepcionado" com o desgaste elevado dos pneus macios que tirou dele a chance de competir com Norris, Pérez e até mesmo com Max Verstappen, vencedor da sprint.
"Parece que os pneus simplesmente acabaram, e isso foi realmente inesperado. Não esperávamos ser os mais rápidos, mas pensávamos que estaríamos um pouco atrás do Max, talvez com um ritmo semelhante ao do Lando, mas claramente fizemos algo de errado hoje, como sempre, relacionado aos pneus", afirmou, em coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.
O britânico admitiu que o dilema da Mercedes com os compostos é o grande enredo da temporada 2023. "Os pneus simplesmente perderam aderência. É a nossa história na temporada e precisamos corrigir isso, porque foi uma decepção", prosseguiu.
Com a previsão do tempo apontando um clima mais ameno para a corrida deste domingo, Russell espera que o W14 sofra menos com o desgaste durante as 71 voltas do GP de São Paulo. "Sabemos que os pneus são sensíveis às condições, mas amanhã estará 4 ou 5 graus mais frio, o que pode mudar tudo, então nem tudo está perdido", apontou.
Apesar do otimismo com a melhora das condições da pista, Russell admitiu que a falta de velocidade nas retas também está sendo um problema para a Mercedes. Por isso, o piloto ressaltou que a melhor escolha para abertura do DRS pode ajudar no ganho, mas principalmente na defesa de posições na corrida.
"Quando você o ativa [DRS] na saída da curva 1, a curva 4 chega rapidamente. Somos os mais lentos na reta no momento, então somos muito vulneráveis se alguém ficar atrás de nós."
Na corrida deste domingo, Russell vai largar da oitava posição, após sofrer uma punição em duas posições por ter bloqueado Pierre Gasly na saída dos boxes durante a classificação da última sexta-feira.
Questionado sobre a punição, o britânico da Mercedês não escondeu a insatisfação e disse que a direção de prova foi "severa" na decisão do caso. "Foi um pouco frustrante quando os fiscais me disseram que fui azarado porque o Pierre acelerou e chegou bem atrás de mim, e que eu não fiz nada diferente dos outros pilotos que ficaram mais ou menos no meio da pista. É difícil com todos os parafusos e porcas ao redor da pista, não queria estar bem do lado esquerdo, e fiquei bastante surpreso com o quão inflexíveis eles foram", reclamou.
"Estão adicionando muitas novas regras, e toda vez que temos uma nova regra, sempre há uma consequência imprevista. Entendemos por que estamos fazendo isso, mas definitivamente achei um pouco severo considerando que foi a primeira vez que essa regra foi implementada. No final das contas, temos de aceitar e seguir em frente", concluiu.
O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL e cobre o GP de São Paulo de Fórmula 1 ‘in loco’ com Evelyn Guimarães, Gabriel Carvalho, Gabriel Curty, João Pedro Nascimento, Luana Marino, Pedro Henrique Marum e Rodrigo Berton. Em SEGUNDA TELA, o GP acompanha a etapa com transmissões da classificação, da sprint e da corrida. Na sexta-feira, no sábado e no domingo, o BRIEFING repercute tudo que acontece na etapa brasileira.
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