FIA admite erro ao não punir Verstappen por manobras na classificação em Singapura

Matteo Perini, comissário da FIA nos GPs de Singapura e do Japão, afirmou que Max Verstappen deveria ter sido punido com seis posições no grid em Marina Bay

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) admitiu que errou ao não punir Max Verstappen por conta de dois dos três incidentes que estavam sob investigação após a classificação para o GP de Singapura. Quase uma semana após o ocorrido, Matteo Perini,  comissário responsável pela análise, admitiu que o bicampeão devia ter perdido posições no grid de largada para a corrida em Marina Bay.

Durante a classificação em Singapura foram, ao todo, três incidentes que deixaram o neerlandês na mira dos comissários da FIA. O primeiro aconteceu ainda no Q1, quando, com os boxes já liberados perto dos minutos finais, Verstappen resolveu segurar a fila que se formou logo atrás dele por alguns segundos.

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Max Verstappen deveria, na verdade, ter largado de 17º em Singapura (Foto: Red Bull Content Pool)

Depois, no Q2, a direção de prova colocou Max sob investigação mais uma vez por atrapalhar Yuki Tsunoda, que vinha em volta rápida. Pelo rádio, o japonês não economizou nas reclamações. E ainda teve um bloqueio em Logan Sargeant, totalizando três manobras suspeitas.

A impunidade foi questionada por pilotos e chefes de equipe e, durante uma reunião com os dirigentes nesta sexta-feira (22), Perini — que segue como comissário no Japão — admitiu que, em análise, a decisão de repreensão na pista dada a Verstappen deveria ter sido uma penalidade no grid pelas manobras em Tsunoda e Sargeant. Assim, o titular da Red Bull teria de ter largado em 17º em Singapura, e não em 11º.

Em relação ao incidente nos boxes, no entanto, os comissários defenderam que apenas uma repreensão foi o suficiente. Afinal, “esperar no pit-lane não está expressamente proibido nas regras”. Contudo, eles pediram à FIA para que esse ponto do regulamento fosse revisto.

Por fim, Perini confirmou que a chamada de Verstappen não será usada como precedente no futuro e será apagada da base de dados de incidentes passados. Ademais, disse que a falta de aviso de rádio nos carros que se aproximam não deveria ser vista como circunstâncias atenuantes que protegem o condutor de uma punição mais grave.

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