Estrategista da Red Bull compara táticas de corridas da F1 a "jogos de tabuleiro"
Hannah Schmitz, engenheira de estratégia da Red Bull, afirmou que criar as táticas dentro de uma corrida de F1 é como jogar os tradicionais jogos de tabuleiro disponíveis para todas as idades
Mesmo que a Fórmula 1 seja sempre atrelada ao cume da tecnologia imposta à indústria automotiva, carros extremamente velozes e os maiores pilotos do mundo, vencer na categoria exige mais que apenas acertar em todas essas áreas. É preciso ter um bom jogo de cintura na hora de cravar e ajustar as estratégias dentro de um fim de semana de corrida. Uma das maiores responsáveis pelo departamento na Red Bull comparou o ato de criar táticas em busca do sucesso na Fórmula 1 a jogos de tabuleiro.
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Foi o que falou Hannah Schmitz, engenheira de estratégias da Red Bull, que caminha para o terceiro Mundial de Pilotos seguido, bem como o segundo de Construtores. Neste ano, as estratégias não falharam: a equipe venceu todas as oito corridas do ano até agora.
"Sempre digo que é realmente como jogar um jogo de tabuleiro. O que importa de verdade são os resultados: você precisa acertar. Os pilotos não peças que podemos mover a nosso gosto, então precisamos entender as limitações do carro e sempre controlar riscos. Nunca há uma resposta certa e outra errada", afirmou em entrevista ao podcast Talking Bull, oficial da equipe.
"É tudo uma questão de somar todas as informações, o que foi coletado, as opiniões das pessoas, tudo que torna isso bastante único. Não é só uma questão de números, não dá para preparar uma fórmula e fazer exatamente essa estratégia e vencer sempre. É também [uma questão de] percepção: como está o clima? Qual a opinião dessa pessoa? Como o piloto está se sentindo? São muitas coisas diferentes", apontou.
Apesar de ser uma das principais cabeças por trás da estratégia da Red Bull, Schmitz não vai a todas as corridas. Isso vem da estratégia da equipe de rodar os profissionais de mesma área entre fins de semana nos autódromos e na fábrica, trabalhando na sustentação da operação. E a engenheira defende a medida, que acaba alternando participações dela com as de Will Courtney, outro responsável pela área.
"É aí que estamos fazendo toda a análise detalhada das informações [na fábrica, na Inglaterra] e passando as conclusões para as pessoas no pit-wall, para que eles possam tomar as decisões. Alternar os papéis ajuda muito, porque sabemos como é ser a pessoa na pista, e como as informação vem e vão", comentou.
"Temos muita ajuda desde a sala de operações, gente nos ajudando, então, se escutamos alguém dizendo que 'o piloto tal comentou isso no rádio', respondemos que, sim, é importante. E passamos adiante", finalizou.
A Fórmula 1 volta em duas semanas, entre os dias 30 de junho e 2 de julho, com o GP da Áustria, em Spielberg, nona etapa da temporada 2023. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.