Chefão insiste em meta de 24 corridas por ano na Fórmula 1 e alega "exigência de mercado"

Stefano Domenicali falou ao podcast Beyond the Grid que considera 24 corridas corridas "o número certo" para uma temporada da Fórmula 1. O chefão ainda falou que o interesse de praças com Madri é sinal da saúde da categoria

Não fosse o cancelamento do GP da China no início do ano ainda por conta da pandemia da covid-19 e a suspensão da etapa da Emília-Romanha graças às fortes chuvas que assolaram o norte da Itália, a temporada 2023 da Fórmula 1 teria o número recorde de 24 corridas esse ano — meta, aliás, que Stefano Domenicali insiste em fixar na categoria.

O chefe da F1 falou ao podcast Beyond the Grid e defendeu que 24 "é o número certo", pois, na visão do dirigente, "é o número exigido dentro do mercado".

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"Diria que é o equilíbrio certo entre isso [o mercado], a complexidade da logística e das pessoas que estão trabalhando. Este é o número que devemos almejar para ter estabilidade por um longo tempo", acrescentou.

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GP da China foi cancelado por conta da covid, mas estava no calendário inicial de 24 corridas em 2023 (Foto: F1)

Praças interessadas por ter uma corrida de F1 no calendário não faltam, e a tendência de expandir em mercados mais lucrativos, como o Oriente Médio e os Estados Unidos, tem trazido como consequência a saída de pistas clássicas. A Alemanha, por exemplo, não recebe corridas desde 2020, enquanto a França esteve presente no campeonato de 2022, porém ficou fora deste ano. Spa-Francorchamps e Monte Carlo, por sua vez, vivem ameaçadas.

Por outro lado, outra cidade europeia entrou na briga para trazer a F1: Madri, no que seria um GP disputado nas ruas da capital espanhola, além de conversas para que haja um revezamento entre as etapas ainda presentes no Velho Continente.

Domenicali confirmou o interesse de Madri, mas deixou claro que "nenhuma decisão foi tomada até agora", e emendou: "Esse é outro grande sinal do estado de saúde da Fórmula 1."

"Discussões comerciais e técnicas ocorrerão nos próximos meses. Pelo que for melhor para a F1, tomaremos a decisão certa, mas temos de lembrar que ainda temos contrato com Barcelona. Estamos muito, muito felizes em como Barcelona está lidando com o futuro, pois isso vai ajudá-los a reagir e buscar as melhorias necessárias em todos os níveis", salientou.

Por fim, Stefano esclareceu que a questão do revezamento deve ser estudada de maneira formal em dois anos. "As corridas históricas sempre farão parte do calendário, mas há a necessidade de que alguns deles reconheçam as mudanças que terão de fazer em suas infraestruturas. Os torcedores estão chegando cada vez mais com necessidades diferentes", concluiu.