Sainz aproveita brecha e crava pole do GP de Singapura. Humano, Verstappen cai no Q2
Carlos Sainz e a Ferrari confirmaram a vantagem retumbante que mostraram nos treinos livres para a conquista da pole do GP de Singapura. Max Verstappen teve dia horrível e ficou somente em 11º
Que dia! É justo dizer que ninguém esperava que a classificação do GP de Singapura de Fórmula 1, na manhã deste sábado (16), fosse desenrolado da maneira que aconteceu. Carlos Sainz tinha mesmo ares de favorito, bem como a Ferrari, e a pole-position que foi confirmada no circuito de rua de Marina Bay não foi absurdo. Era até esperada, mas jamais da maneira como aconteceu. Num dia de Max Verstappen como não se via há tempos.
Mas comecemos com a Ferrari. Sainz mostrou o tempo todo que tinha o melhor ritmo da pista e, com 1min30s984, garantiu mesmo a pole. Charles Leclerc era esperado ao lado e ficou próximo, é bem verdade, mas não o suficiente. George Russell tirou uma volta do bolso no fim para buscar a primeira fila para a Mercedes.
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O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Singapura, em Marina Bay, 15ª etapa da temporada 2023. No sábado e no domingo, classificação e corrida também contam com transmissão em SEGUNDA TELA, NA GPTV, EM PARCERIA COM A VOZ DO ESPORTE. No domingo, a largada está marcada para as 9h (de Brasília, GMT-3).
Confira como foi a classificação:
Chegara a hora de formar o grid para o GP de Singapura de Fórmula 1. Com a luz do luar no controle do céu da região de Marina Bay, a temperatura ambiente chega a 30°C, com asfalto em 35°C e incríveis 76% de umidade relativa do ar. As chances de chuva até existiam, mas eram pequenas: menos de 10%.
De qualquer forma, era hora de começar e, como combinado, às 21h locais (10h de Brasília, GMT-3), a luz verde foi mostrada no pit-lane para uma fila de carros que já esperava o sinal.
Antes mesmo da tomada de tempos, com a dificuldade vista pela Red Bull nos treinos livres, a equipe mexeu nos dois carros. Tirou o assoalho atualizado e voltou para o anterior, bem como deixou o carro mais baixo para tentar se recuperar.
Q1 - Stroll destrói Aston Martin no muro e permite liderança de Tsunoda
A pista encheu de imediato. Logan Sargeant foi o primeiro a sair e a anotar volta rápida, mas foi somente para cortar a fita, porque a coisa ficou competitiva sem muitas delongas. Lando Norris já levou o relógio para baixo de 1min33s, com Max Verstappen, Carlos Sainz e Charles Leclerc logo na sequência.
A primeira reclamação do dia também foi relacionada a Sargeant: de acordo com Lance Stroll, o americano foi responsável por um bloqueio e devia ser investigado. De fato, a direção de prova prometeu averiguar mais tarde. Enquanto isso, Esteban Ocon ralou no muro da curva cinco e escapou sem maiores problemas.
A pista melhorava muito de minuto a minuto com todos na pista utilizando pneus macios. As alterações na frente e atrás no pelotão eram frenéticas. Prova disso era que Yuki Tsunoda e Kevin Magnussen pularam para primeiro e segundo instantes após estarem entre os eliminados. Quem sobrava por lá era Stroll e as duplas de Williams e Alfa Romeo.
Verstappen, após troca de pneus, tentava abrir a volta rápida derradeira antes do cronômetro zerar e mostrava nervosismo. "Tem muito carro aqui", falou. Mas conseguiu. Os 20 pilotos estavam na pista em busca da última tentativa quando o problema apareceu.
Até agora, era um fim de semana sem bandeiras vermelhas e qualquer acidente. Mas Stroll deu um jeito de acabar com isso. Na entrada da última curva do circuito de rua de Marina Bay, o piloto canadense entrou demais e tocou a zebra. Foi o suficiente para perder o controle e, embora tenha tentado corrigir no meio da rodada, só fez as coisas piorarem. Em direção à barreira de proteção, Stroll destruiu o Aston Martin com violenta pancada, chegou a sair do chão e por pouco não capotou.
O carro ficou em pedaços. Imediatamente após o acidente, a roda dianteira direita saiu voando e por pouco não acertou o cockpit de Norris, que vinha volta rápida e teve de desviar. Óleo e líquido de arrefecimento ficaram derramados pela pista, bem como muito detrito. A bandeira vermelha óbvia ainda duraria um tempo.
E tinha algo pior nos instantes após o acidente. Como a força do impacto empurrou o carro para o meio do traçado, Stroll virou alvo fácil. Lance tentativa sair, mas o carro já não se movia. Piastri era o próximo a completar volta e apontou na reta quando Stroll estava por ali. A transmissão da TV mostrava através da câmera onboard do carro de Stroll, o que trouxe um elemento de certo desespero. Felizmente para todos os envolvidos, Piastri percebeu e reagiu rápido para evitar contato.
A questão era que os tempos ficariam como estavam. Era o fim do Q1, e o momento em que tudo aconteceu custou a eliminação de Piastri, na 17ª posição. Valtteri Bottas foi o 16º. Atrás de Oscar, Sargeant, Guanyu Zhou e Stroll foram os outros eliminados.
Tsunoda foi o líder da atividade, seguido por Pérez, Hülkenberg, Liam Lawson, Magnussen, George Russell, Sainz, Verstappen e Leclerc no top-10. Fernando Alonso e Lewis Hamilton ficaram, respectivamente, nas posições 13 e 14.
Em mais uma intervenção da direção de prova, o aviso de que investigariam após a atividade um possível bloqueio de Verstappen no pit-lane. De fato, o líder da F1 parou no momento de cruzar a linha de saída do pit-lane antes de voltar à pista no Q1. A intenção era ganhar espaço deixando aqueles que saíram na frente dele se distanciarem, mas bloqueou uma série de outros carros, inclusive os dois da Mercedes, num momento crucial.
Após cerca de meia hora de interrupção e muito calor, até com Alonso usando o secador usado para cuidar do carro para tirar o próprio suor, volta de retornar para o Q2.
Q2 - Desastre da Red Bull: Verstappen e Pérez eliminados
Após longa espera, finalmente era momento de começar o Q2. Sergio Pérez logo saiu da toca para começar a andar e recebeu a companhia do companheiro de equipe Verstappen. Com menos gente na pista, a Red Bull teve rosto para o vento para dar volta rápida. Quando, instantes depois, porém, Magnussen passou com a Haas, superou Max.
Norris voltava a aparecer bem e andava abaixo de 1min32s pela primeira vez no fim de semana, mas Sainz fez a mesma coisa e ainda melhor segundos depois. Mas o mais impressionante não era isso: era Alonso pulando para a liderança com a Aston Martin. Além de todos esses, a dupla da Alpine encostava e passava pela Red Bull.
A irritação era visível e fazia Max se comportar como se estivesse sem rumo. Na sequência, bloqueou uma volta rápida de Tsunoda, que se irritou. Mais uma vez, ficou para os comissários a análise pós-tomada de tempos.
A briga contra a eliminação, muito claramente, incluía uma desastrosa Red Bull. Depois da troca de pneus, era a hora das últimas tentativas de se salvar. Sainz fez o tempo para liderar, seguido por Russell. Mas o mundo queria mesmo ver a Red Bull.
Pérez passou primeiro e, sob os holofotes da zebra, ficou fora da zona de corte. Estava eliminado. Agora, Verstappen, que aparecia na bolha. O futuro tricampeão mundial escorregou logo na primeira curva e brigou com o carro no restante da volta, boa o bastante para ser décimo colocado. A ameaça ainda seguia.
Pierre Gasly não conseguiu melhorar o tempo, mas Liam Lawson, o substituto temporário de Daniel Ricciardo na AlphaTauri, equipe B da Red Bull, foi o responsável por cravar o tempo e eliminar Max. A segunda vez na temporada em que fica fora do Q3, mas a primeira sem que tivesse algum problema. Verstappen, Gasly, Pérez, Albon e Tsunoda foram os eliminados.
Q3 -
A disputa pela pole-position do Gp de Singapura começou com duplas de Ferrari, Haas, Mercedes, além de Alonso, Norris, Ocon e Lawson envolvidos.
Na primeira rodada de voltas rápida contou com Ferrari na pista rapidamente e a Mercedes demorando um pouco mais para sair. Mas, uma vez que todo mundo andou, Sainz tinha 1min31s170 e a frente sobre Leclerc por 0s251. Norris, Russell, Hamilton, Alonso, Magnussen, Hülkenberg, Ocon e Lawson vinham na sequência.