Aston Martin vê inconsistência e defende Stroll de punição “muito rápida e muito dura”

Chefe da Aston Martin, Mike Krack avaliou que os comissários da Fórmula 1 “foram duros” com Lance Stroll e Fernando Alonso “recentemente”. Dirigente lamentou a punição de 10s aplicada ao canadense no GP da China e considerou que a pena foi “muito rápida e muito dura”

Lance Stroll também foi punido (Vídeo: Reprodução/DAZN)

Chefe da Aston Martin, Mike Krack saiu em defesa de Lance Stroll após o que classificou como “uma decisão muito, muito rápida e muito dura” de punir o canadense em 10s pelo acidente com Daniel Ricciardo no GP da China de domingo (21). Dirigente apontou inconsistência dos comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

Na corrida de Xangai, Stroll encheu a traseira de Ricciardo na curva 14 às vésperas da relargada após um período de safety-car. Por causa do lance, o canadense foi punido com 10s e mais dois pontos de punição. O australiano abandonou a corrida em consequência do acidente.

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Ainda assim, Krack acredita que os comissários têm sido particularmente duros com a equipe. O dirigente apontou para a punição de 10s e mais três pontos recebida por Fernando Alonso na corrida sprint por “causar uma colisão”.

“Os comissários foram duros com Lance e Fernando recentemente”, disse Krack. “Neste fim de semana também. Foi assim na corrida sprint, foi assim em Melbourne. Com Lance, tivemos um veredicto muito, muito rápido hoje, sem realmente entender. Achei que foi uma decisão muito, muito rápida e muito dura. Muito apressada. É assim que é”, seguiu.

Mike Krack se mostrou insatisfeito com comissários da F1 (Foto: Aston Martin)

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Na visão de Krack, vários pilotos foram “pegos de surpresa” com Alonso travando as rodas, mas Stroll foi rapidamente rotulado como culpado. Além disso, a Aston Martin teve pouco tempo para contestar a punição.

“Acho que foi uma reação em cadeia. No fim das contas, você viram Alonso travando [as rodas] e outro carro atrás. Acho que todo mundo foi meio pego de surpresa ali”, ponderou. “Naquele momento, ficamos felizes por não termos perdido os dois carros, pois acho que tudo começou mais na frente”, continuou.

“Gostaria que tivessem olhado para isso de maneira um pouco mais detalhada. Tentamos discutir, mas o veredito de que Lance era culpado foi muito rápido, e ele recebeu uma punição de 10s, além de um dano à asa dianteira”, frisou.

Krack questionou a consistência dos comissários, já que entende que lances similares ao de Stroll passaram sem punição na F1.

“Você pode ver como quiser. Da última vez, foi o carro da frente que recebeu a punição em Melbourne, você lembra, mesmo sem tocar, [mas], desta vez, foi o carro de trás”, comparou. “Quer dizer, por exemplo, Lance pode rodar na primeira volta no Bahrein e precisa voltar no fundo do pelotão, mas não há punição para quem causou a colisão. Então, mais uma vez, não super consistente. Essa é a sensação”, defendeu.

Ainda assim, Mike destacou que os comissários são “humanos” e que o caminho para evitar problemas é simplesmente se destacar do pelotão, como faz Max Verstappen.

“É frustrante. Por outro lado, todo mundo é humano”, comentou. “Acho que todo mundo tenta fazer o melhor, e é frustrante, mas a melhor receita é, se você tem um carro rápido, escapar. Max não tem esse tipo de punição. Então cabe a nós fazer acontecer”, concluiu.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.