Aston Martin prega foco em 2024 e admite deficiência nas retas: "Temos de fazer mais"
Diretor de performance da Aston Martin, Tom McCullough disse que a equipe melhorou nas retas em relação ao início do ano — mas admitiu que ainda está longe do suficiente
A Aston Martin faz uma temporada diferente na Fórmula 1 em 2023, com sete pódios conquistados e um desempenho muito superior aos anos anteriores. No entanto, o GP da Itália, disputado no último fim de semana, deixou claro que o rendimento do AMR23 não é mais o mesmo dos estágios iniciais do campeonato. E, para Tom McCullough, diretor de performance, isso tem um motivo claro: as grandes retas de Monza.
O dirigente explicou que, apesar de ter melhorado nas retas em relação ao início da temporada, o carro da Aston Martin ainda deixa a desejar neste aspecto. Segundo ele, é uma área que precisa receber um enfoque maior para o ano que vem.
"Fernando [Alonso] falou sobre a eficiência do carro [nas retas], e é uma área em que, no início do ano, estávamos entre os mais lentos", disse ao site australiano Speedcafe. "Mas nós trabalhamos nisso, e também nos níveis de asa traseira que levamos [a Monza]. É uma área que precisa melhorar, temos de fazer mais para o ano que vem", destacou.
"Para sermos fortes em alta velocidade, a aderência nas curvas é muito importante, porque quase todas elas possuem grandes retas depois — a segunda Lesmo, Ascari, Parabólica", apontou. "Então, você está sempre trocando a velocidade nessas curvas pela velocidade em linha reta", explicou.
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Tom destacou as diferenças entre os conceitos dos carros atuais e usou como argumento as asas traseiras. Pouco mais de um ano e meio depois do início do atual regulamento técnico, o desenho das traseiras dos carros se encontram bem diferentes entre si. Um dos maiores desafios das equipes atualmente, inclusive, é entender melhor o funcionamento da asa da Red Bull.
"Acho que essa geração de carros — além das características deles — nos levou a algumas diferenças em relação às filosofias das asas traseiras. Mas era algo já esperado", ressaltou.
Por fim, McCullough destacou que o foco da Aston Martin já está virado para o carro do ano que vem. Segundo ele, que prevê dificuldades para a equipe até o fim do ano, é importante que o desenvolvimento seja ainda melhor do que em 2023.
"Com a arquitetura do carro que temos agora, trabalhamos em muito mais do que apenas na asa traseira. Muitos elementos influenciam na eficiência aerodinâmica do carro e, até o fim da temporada, a maioria das pistas não possuem tanto downforce. Nosso foco está realmente no AMR24 e em garantir que o desenvolvimento seja o mais eficiente possível, ainda mais do que o carro deste ano", finalizou.
A Fórmula 1 retorna neste fim de semana com o GP de Singapura, 15ª etapa da temporada 2023. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura do evento AO VIVO e em TEMPO REAL.