Serra vê calendário internacional incerto em 2023 e avalia temporada: "Muitas viagens"

2022 foi agitado para Daniel Serra. Temporada cheia na Europa e Estados Unidos, com direito a título na classe GTD Pro do IMSA Endurance Cup — além de pódio nas 24 Horas de Le Mans, na GTE-Pro, Spa e Daytona, com participação no GT World Challenge para a conta também. Tudo isso representando a Ferrari.

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O calendário versátil foi exclusivo ao exterior, mas no Brasil, Serra também se viu diante um compromisso e tanto: a Stock Car. E ainda não acabou. O piloto da Eurofarma RC está em busca do tetracampeonato da categoria: é o vice-líder com 290 pontos conquistados, 8 atrás de Rubens Barrichello. Serra vai atrás do título no próximo dia 11 de dezembro, no Autódromo de Interlagos — com cobertura completa de todas as atividades pelo GRANDE PRÊMIO.

Mas e 2023, o que reserva? Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, igualmente em Interlagos — onde acompanhou a corrida da Fórmula 1 —, Serra abriu o jogo sobre os planos para a próxima temporada.

"Primeiro, provavelmente, devo continuar com os mesmos programas, que é correr com a Ferrari. Tenho participado bastante do desenvolvimento da nova GT3, a 296, mas ainda não sei quais campeonatos vou estar participando, porém, sigo com a mesma ideia desta temporada", revelou.

"O que tenho certo é a Stock Car, com a Eurofarma RC. Continuo na Ferrari, mas não definimos ainda quais campeonatos vou participar. Pode ser que role alguma coisa nos Estados Unidos, no IMSA, de repente, o GT Challenge — que foi o campeonato que fiz esse ano. O WEC acabou a categoria PRO, que é a que eu fazia Le Mans, então, preciso ver como me encaixar nessa prova. 100% certo, ainda não tem nada", completou.

E se a Stock Car e a continuidade na Ferrari são as únicas certezas para o próximo ano, Serra tratou de falar mais sobre os temas. O piloto de 38 anos fez sua avaliação da temporada de 2022 e contou mais, à reportagem, sobre a experiência adquirida na escuderia italiana.

"Esse ano foi muito legal, mas ainda não terminou, falta a última etapa da Stock Car. A minha parte na Europa já terminou, tenho apenas que voltar para alguns testes e eventos que tenho de cumprir. Foi um ano positivo, de muitas viagens, teve apenas alguns conflitos de data, acabei perdendo corridas na Stock, já que estava em Spa. Ao mesmo tempo, perdi corrida lá, que foi na sequência dessa de Spa. Foi uma temporada estranha, não consegui coincidir as datas, mas de qualquer maneira, fiz pódio em Daytona, Spa e Le Mans, aqui no Brasil, com uma corrida a menos, estou na briga pelo título, ganhei o IMSA. Agora, é conseguir fechar com chave de ouro", afirmou Serra.

"Sempre falei que corria de Ferrari, mas correr para a Ferrari é completamente diferente. Oficialmente, faço parte da equipe desde 2020 como piloto oficial, é uma experiência muito boa. São campeonatos que eu corro e tem suas diferenças, a Stock Car me ajuda lá, e vice-versa, são experiências, conhecimentos diferentes e estar em uma estrutura como a da Ferrari, você sempre acaba absorvendo muita coisa, dividindo o carro, diferente da Stock, que eu tenho um companheiro de equipe, lá é um parceiro de carro. E ter um cara desse, tem de se ter um compromisso de fazer o negócio funcionar para os dois, não só você. É muito legal, corrido, não é fácil — mas quis muito que isso acontecesse, então, vou continuar trabalhando para que isso dure bastante tempo", finalizou ao GRANDE PRÊMIO.