Hartley defende Hirakawa por batida que tirou Toyota da briga: "Demos tudo de nós"

Quando restava cerca de 1h30 para o final da prova, o Toyota #8 conduzido por Ryo Hirakawa bateu e decretou o fim da sequência de vitórias nas 24 Horas de Le Mans

Rio Hirakawa perdeu o controle do Toyota #8 quando catou no freio (Vídeo: 24 Horas de Le Mans)

Já histórica pelo fato de ser a edição do aniversário de 100 anos, a versão 2023 das 24 Horas de Le Mans também vai marcada na memória dos fãs por causa de duas quebras de tabus: a vitória da Ferrari depois de 59 anos (58 anos se contar carros da Ferrari com outras equipes) e o fim da hegemonia de quatro triunfos seguidos da Toyota em Sarthe. Após disputa constante contra os italianos desde a largada da prova, os japoneses viram sumir as chances da quinta vitória quando Ryo Hirakawa perdeu o controle do carro ao catar no freio e foi ao muro quando restava 1h30 para bandeirada. Nunca mais se aproximou da Ferrari #51.

Logo depois de ver Hirakawa cruzar a linha de chegada em segundo lugar, Brendon Hartley, que assim como Sébastien Buemi também conduziu o hipercarro #8 da Toyota, saiu em defesa do parceiro. Segundo ele, o japonês foi orientado a dar o máximo possível com o objetivo de diminuir a desvantagem em relação aos rivais.

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"Colocamos o Ryo no carro e dissemos 'risco total, ataque máximo', queríamos vencer a corrida, mas ele teve um pequeno acidente. Acontece. Poderia ter acontecido com qualquer um de nós, assim como aconteceu com muitos pilotos na pista. Apoio total ao Ryo, o objetivo era atacar ao máximo e foi o que fizemos", afirmou Hartley, em entrevista à emissora francesa de TV Eurosport.

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Toyota #8 danificado após pancada de Hirakawa (Foto: Reprodução/24 Horas de Le Mans/ACO)

A edição 2023 da 24 Horas de Le Mans foi complicada para a Toyota. Com dificuldades para encontrar o melhor equilíbrio, os carros #7, pilotados por Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria López, e #8 não conseguiram abrir vantagem, como era esperado, para as Ferrari #51 e #50, desde a classificação. Logo, para tentar andar próximo aos italianos, Hartley revelou que foi necessário um esforço maior nas 342 voltas completadas em Sarthe.

"Demos tudo de nós, mas éramos os azarões. Durante a maior parte da corrida, éramos um dos carros mais lentos. No final, as condições mais quentes e os últimos trechos que fiz foram provavelmente os melhores”, avaliou o neozelandês, que pilotou o Toyota #8 por 118 voltas e registrou a melhor volta a bordo do hipercarro japonês com o tempo de 3m27s549.

Apesar do Toyota apresentar um problema de freio não só na batida de Ryo, mas também na curva 14 em dado momento de quando Hartley guiava, o piloto neozelandês deixou claro que o hipercarro #8 não demonstrou nenhuma questão terminal em Sarthe.

"Não acho que tenha sido um problema grave, mas agradeço imensamente a todos na equipe, uma atitude de nunca desistir, um grande trabalho em equipe para levar o carro ao segundo lugar”, completou.

O segundo Toyota #8 se envolveu em um acidente com vários carros no período noturno da corrida, completou apenas 103 voltas e terminou as 24 Horas de Le Mans na 51ª posição geral.

Após as 24 Horas de Le Mans, os Toyota #7 e #8 retornam à pista nas 6 Horas de Monza, quinta etapa do WEC, nos dias 7, 8 e 9 de julho.

Trio da Ferrari #51 faz de Le Mans passarela em desfile rumo ao pódio após vitória (Vídeo: 24 Horas de Le Mans)