Sainz grita por carro na F1 2025. Está na hora da Mercedes fazer o simples

Carlos Sainz vive fase estelar na F1. Perto de completar 30 anos, o espanhol atingiu a maturidade enquanto piloto. Não é só na idade, tampouco nos resultados, mas na forma que tem abordado as corridas. Sainz é, desde meados de 2023, um dos principais nomes da categoria e, semana após semana, vem se comportando como tal.

Quis o destino que a grande virada de chave da carreira de Carlos viesse justamente quando se encontra de volta ao mercado de pilotos. É que o improvável acordo entre Lewis Hamilton e a Ferrari vai mesmo sair para 2025 e, assim, Sainz perdeu espaço.

A escolha do time italiano por Charles Leclerc e não por Sainz é extremamente debatível, ao mesmo tempo em que é muito compreensível, por todo histórico de Charles em Maranello, desde a formação como piloto, além do talento irrevogável que o monegasco possui. Mas não é sobre isso que trataremos aqui.

Sainz está fora da Ferrari, isso é um fato consumado, mas quais os próximos passos? É justamente aí que reside o 'x da questão' e, de certa forma, onde estão os maiores holofotes do momento na F1. É que o espanhol já venceu em 2024 e vem com três pódios nas três etapas que disputou no ano, deixando Leclerc para trás e se portando como um real líder.

Carlos é rápido, mas também é consistente. Sabe ser agressivo, ao mesmo tempo em que é um dos mais cerebrais do grid. É estrategista nas horas vagas, em defesas de posição, mas também nos pit-stops. É completo, pois.

A real é que Sainz hoje é o perfil que absolutamente todo time quer de piloto. E não pode ser diferente na Mercedes. Portanto, sim, o ponto central aqui é que as Flechas de Prata precisam basicamente fazer o simples agora. E o simples é escolher Sainz como companheiro de George Russell.

Segundo o jornal alemão Bild, isso está longe de acontecer, inclusive. A publicação revelou nesta quarta-feira (10) que Toto Wolff, chefe da Mercedes, trabalha especialmente com três nomes: o delírio de Max Verstappen, o salto no escuro com Andrea Kimi Antonelli ou Fernando Alonso. Sem Sainz ou Sebastian Vettel, então.

Acontece que Verstappen já deu todos os sinais possíveis de que vai seguir na Red Bull e, principalmente, a equipe continua beirando à perfeição técnica. Como sair de lá assim? Antonelli faz o ano de estreia na F2 e isso por si só já parecia uma precipitação tremenda, pulando a F3 e tudo. O italiano é nono colocado, mas claramente sente a falta de experiência, comete erros ali e acolá. Já está pronto para a F1? Para um time de ponta da F1? E aí tem Alonso.

Fernando seria a outra solução justa para a Mercedes, caso o time realmente não queira Sainz. Perto de completar 43 anos, provavelmente não vai ter mais muito tempo de grid e isso seria ideal para uma transição até Antonelli ficar pronto. Seria uma boa escolha. Mas, para isso acontecer, precisa combinar com o homem primeiro, que andou alfinetando a equipe de Brackley no fim de semana do Japão.

“Bem, a Mercedes está atrás de nós [Aston Martin], então não parece um destino tão atraente”, disparou o asturiano.

Ou seja, está claro que Sainz é o caminho mais fácil e mais produtivo. A vaga para Antonelli? Discuta-se no futuro, o garoto nem mostrou ainda que merece estar numa Williams da vida em 2025, vale a pena ter calma, como se teve com Russell lá atrás. Aliás, sobre o próprio inglês, seria de muito bom tom ter um cara tão experiente quanto ele ou mais ainda no time, George não parece 100% pronto para ser um líder, ainda comete erros de quem está no caminho.

O presente é de Sainz e a Mercedes pode perder a chance de retomar o caminho certo se deixá-lo escapar. Melhor para Audi, Aston Martin, Red Bull, enfim, para todo mundo que ainda estiver sonhando com o espanhol.

A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia.

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