Sauber destaca entrosamento e diz que novos chefes de equipes "atuarão no interesse da F1"

Chefe da Sauber, Jonathan Wheatley elogiou os colegas de longa data, Alan Permane e Steve Nielsen, que agora ocupam cargos de chefia em suas respectivas equipes na F1

Se o mercado de pilotos para 2026 tem apresentado pouca movimentação, o grid da Fórmula 1 trouxe mudanças importantes no comando de algumas equipes já para este ano, com nomes como Alan Permane e Steve Nielsen ocupando cargos de destaque em Racing Bulls e Alpine, respectivamente. Estes, aliás, são dois velhos conhecidos do chefe da Sauber, Jonathan Wheatley, que acredita que todos possuem um objetivo em comum: atuar no interesse da categoria.

Permane entrou na dança das cadeiras que atingiu o Grupo Red Bull com a demissão de Christian Horner após o GP da Inglaterra. Como Laurent Mekies foi promovido ao posto de chefe da equipe austríaca, o engenheiro britânico assumiu o comando da base em Faenza.

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Nielsen, por sua vez, ocupará a partir de 1º de setembro o cargo de diretor-administrativo da Alpine e vai responder pela esquadra francesa na F1. Wheatley conhece bem a dupla dos tempos de Benetton e Renault, equipes nas quais trabalhou antes de partir para a Red Bull, em 2006. Ao site da revista inglesa Autosport, o líder da Sauber elogiou os colegas e destacou a proximidade que possuem.

"Alan é um profissional consolidado que sabe o que faz, com anos e anos de experiência nas pistas, que ama e tem paixão pela Fórmula 1 do jeito que conhecemos e compartilha muitos dos meus valores", começou Wheatley. "Acho que foi uma ótima decisão para eles [Racing Bulls] e estou muito, muito satisfeito por ele e por Laurent Mekies [na Red Bull]. E estou ansioso para trabalhar com Steve Nielsen novamente também", pontuou.

Alan Permane assumiu o comando da Racing Bulls na F1 (Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images)

"Tenho a sorte de conhecer pessoas incríveis na minha jornada na F1. E se faço amigos, costumo mantê-los por muito tempo. Nós nos conhecemos há muito tempo, e é muito bom ter ao redor um grupo de pessoas no qual você confia totalmente e com quem você já passou por essa jornada, porque compartilhamos muita experiência", acrescentou.

"Todos nós estivemos no grupo dos diretores-esportivos e agora estamos no grupo de diretores de equipe, e eles formam um ótimo grupo de pessoas, incrivelmente talentosos. Nos conhecemos por dentro e por fora", completou o britânico de 58 anos.

Além da chefia das equipes no pit-wall, os líderes também terão papéis importantes nas reuniões da Comissão de F1 e em todas as discussões sempre realizadas em prol do esporte. E para Wheatley, o entrosamento que já existe entre eles vem para somar, uma vez que existe muito respeito entre a atual geração de chefes.

"Sabemos como separar relacionamentos pessoais de relacionamentos profissionais. Todos nós trabalhamos juntos para alcançar um objetivo comum. Na verdade, diria que 99% é pelo melhor interesse do esporte no grupo esportivo, e tenho absoluta certeza de que, no nível de chefe de equipe, teremos a mesma filosofia, que é, acima de tudo, fazer o melhor para a Fórmula 1", assegurou.

Wheatley sublinhou ainda que todos já atuaram juntos em outros grupos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Associação das Equipes da F1 (FOTA), portanto "entendemos o que é necessário". E seguiu: "Representamos nossas equipes da melhor maneira possível. Mas se uma decisão for pelo melhor interesse do esporte em geral, chegaremos a esse ponto, então estou ansioso por essas discussões", encerrou.

 A Fórmula 1 volta às pistas após o recesso de verão, entre os dias 29 e 31 de agosto, com o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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