Ricciardo crê que "pode vencer corridas" e diz que momento "não define carreira" na F1
Sob pressão na RB, Daniel Ricciardo negou que esteja sofrendo com "falta de confiança" e revelou que ainda se sente capaz de "brigar por pódios e vitórias" na Fórmula 1
Com contrato válido por apenas um ano com a RB — ou Visa Cash App RB —, Daniel Ricciardo esperava conseguir bons resultados e assim provar que merece uma vaga ao lado de Max Verstappen na Red Bull em 2025. No entanto, parece que os planos do australiano mudaram, já que agora ele revelou que não veria problema em permanecer por mais tempo no time de Faenza. O piloto de 34 anos ainda afirmou que confia em suas capacidades e que, por isso, espera dar a volta por cima, brigando novamente por vitórias e pódios na Fórmula 1.
Enquanto que seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda, já somou sete pontos importantes no Mundial, o natural de Perth continua zerado. Logo após receber um ultimato de Helmut Marko, que ameaçou colocar Liam Lawson na vaga de Ricciardo já no GP de Miami, no início de maio, caso o #3 não apresentasse resultados convincentes, Daniel foi o grande responsável por uma bandeira vermelha logo nas primeiras curvas do GP do Japão, há quase duas semanas. Na ocasião, o ex-piloto da McLaren não viu Alexander Albon se aproximar pelo lado direito e acabou empurrando o tailandês da Williams para fora da pista, forçando ambos a abandonarem a prova.
Apesar da enorme pressão, o titular da RB garantiu que está curtindo o atual momento e que não se baseia apenas em resultados para decidir permanecer na categoria, mas deixou claro que a decisão final também tem de partir da equipe comandada por Laurent Mekies.
"Como me sinto hoje, sim", respondeu Ricciardo ao portal australiano Speedcafe quando questionado se gostaria de ficar na atual escuderia por mais um ano. "Estou gostando de pilotar agora. Não sou tão orientado por resultados", continuou.
"Obviamente, não quero estar aqui apenas por estar aqui. Quero merecer esse lugar e espero que a equipe esteja mais à frente. Então, sim, acho que acontece nos dois sentidos. É mais divertido lutar na frente? É mais divertido lutar por pódios e vitórias? Com certeza", destacou Daniel, que ainda explicou os motivos que o convenceram a retornar à F1 após passagem malsucedida pela McLaren.
"A verdade é que, se falar de mim na terceira pessoa: por que Daniel Ricciardo voltou depois de alguns meses de folga no ano passado? Porque acredito que posso subir no pódio novamente. Posso vencer corridas novamente", respondeu, cheio de confiança.
"Em última análise, é isso. A crença existe. Enquanto ela ainda existir, acho que ficarei feliz por estar aqui. Mas quando eu finalmente decidir parar, adoraria ter subido no pódio mais algumas vezes", destacou.
O momento ruim pelo qual vem passando, claro, levantou dúvidas sobre a real capacidade do australiano de continuar competindo na classe rainha. Ricciardo, por sua vez, garantiu que enxerga toda a situação de maneira diferente e que não se sente inseguro, mas, pelo contrário, quer convencer a todos de que ainda continua sendo aquele mesmo piloto que venceu sete corridas pela Red Bull entre 2014 e 2018.
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"Quero deixar as pessoas orgulhosas e quero que as pessoas que me apoiam se sintam orgulhosas do que está acontecendo. [Este momento] não está provando nada. Quero lembrar a algumas pessoas que duas corridas não definem uma carreira. Não estou em uma situação ruim. Não estou sofrendo com falta de confiança", enfatizou o australiano, que usou o resultado do GP do México do ano passado, quando terminou em sétimo, como exemplo de que ainda pode entregar mais.
"As pessoas esquecem. Quero provar a mim mesmo que posso fazer coisas como fiz no México, no ano passado, mas de forma mais consistente", finalizou Ricciardo.
A Fórmula 1 volta entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.