Alonso admite ter se preocupado com retorno à Fórmula 1: "Não se pode subestimar"
De volta ao grid da Fórmula 1 desde o início de 2021, Fernando Alonso admitiu que chegou a se questionar no começo, mas tempo de adaptação trouxe retorno ao nível ideal
De contrato assinado para ser piloto da Aston Martin a partir de 2023, Fernando Alonso admitiu que teve preocupações sobre sua própria competitividade no retorno à Fórmula 1, em 2021. O piloto espanhol deixou a categoria ao fim de 2018, ainda como titular da McLaren, e retornou ao grid apenas no início do ano passado, desta vez pela Alpine. Apesar de um começo turbulento e uma primeira temporada que não o agradou, o asturiano conseguiu subir o nível novamente em 2022 e garantiu sua permanência.
"Voltar ao esporte não significa uma garantia de que você estará bem, competitivo, e que ainda aproveitará tudo na Fórmula 1", disse Alonso. "Então, eu tive algumas preocupações, obviamente, dois anos atrás — quando fiz a demonstração [em Abu Dhabi], antes do teste de jovens pilotos em 2020", destacou.
"E acho que no ano passado, não fiquei 100% feliz com o desempenho e com a forma como a temporada foi", reconheceu. "Este ano, estou muito mais feliz com o carro e com o desempenho em si, e muito mais pronto para o próximo desafio", afirmou.
A Fórmula 1 terá um veterano em situação parecida no grid de 2023, já que Nico Hülkenberg foi confirmado como substituto de Mick Schumacher na Haas. O alemão, que deixou a categoria ao fim de 2019, quando estava na Renault, também ficou dois anos de fora — apesar das duas corridas no início de 2022, substituindo Sebastian Vettel — e estará de volta no ano que vem. Para Alonso, é necessário respeitar o tempo de adaptação.
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"Portanto, você não pode subestimar o retorno ao esporte", ressaltou. "Mas você precisa de algumas corridas — ou mesmo de uma temporada completa — para se sentir 100% novamente, e foi o que aconteceu comigo. Mas estou feliz, agora sinto um nível muito bom", celebrou.
Por fim, Alonso explicou como decidiu voltar à F1 no início de 2021. O espanhol disse que nunca pensou em deixar a categoria de vez e destacou a importância do novo regulamento técnico, implementado em 2022, para o retorno. Além de querer experimentar outras modalidades, Fernando confiava que as alterações nas regras poderiam deixar as coisas mais imprevisíveis no grid.
"Em 2018, não sei se vocês perceberam, mas até na asa dianteira estava escrito para mim: 'até logo'. Não foi um adeus", disse. "De certa forma, na minha cabeça, as regras de 2021 sempre foram uma oportunidade de voltar. Eu tinha, em minha cabeça, diferentes desafios naquele momento. Queria correr em Daytona, em Dakar, em Le Mans. Eu queria lutar por um Mundial de Endurance. Não sei, eu pensava em coisas diferentes, e a Fórmula 1 não era uma prioridade, ou eu não tinha mais a cabeça na Fórmula 1", admitiu.
"Mas eu amo a Fórmula 1. E senti que 2021 poderia ser uma boa oportunidade, com as novas regras e talvez uma mudança na ordem, em termos de como estão as equipes, ou a competitividade delas. Então, eu cumpri todos os itens pendentes nesses anos longe da Fórmula 1 e ainda assisto às corridas em casa. E sim, as regras. Eles adiaram as regras em um ano, para 2022. Mesmo assim, vim em 2021", encerrou.