Bortoleto coroa carreira em franca ascensão com título da F3 e se coloca no radar da F1

Cada categoria por onde passou foi com um degrau a mais alcançado por Gabriel Bortoleto. O título em seu ano de estreia na Fórmula 3 coroa uma ascensão que pode deixá-lo na porta de entrada da Fórmula 1

Depois de uma temporada conduzida na base da regularidade e da estratégia, Gabriel Bortoleto enfim consolidou, nesta sexta-feira (1º), o título da Fórmula 3 2023 antes mesmo das duas corridas do fim de semana na etapa da Itália. Foi, sem dúvidas, o feito mais notório da carreira do jovem de apenas 18 anos, um dos estreantes do grid após uma temporada importante na FRECA e que o levou a um patamar jamais imaginado em tão pouco tempo.

Foi uma caminhada, na verdade, discreta até então. Nascido em São Paulo, a fase no kart começou em 2012 e foi até 2019. Dentre esses sete anos, Gabriel alcançou o melhor resultado em 2018, quando foi terceiro colocado no Campeonato Europeu e repetiu a colocação no Mundial, na categoria OKJ. Ainda disputou o Super Master Series, terminando como vice-campeão.

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Gabriel Bortoleto acumulou pódios na temporada 2023 da F3 (Foto: James Gasperotti/KTF Sports)

A graduação para os monopostos veio na temporada seguinte, em uma das classes que mais revelam talentos no automobilismo da base: a F4 Italiana, e compondo a Prema, equipe de ponta. Já na F4, teve como companheiros de time Sebastián Montoya, Gabriele Minì e Dino Beganovic — coincidentemente, nomes com os quais também dividiu o grid da F3 este ano.

Bortoleto conquistou seu primeiro pódio na F4 na etapa de Mugello, ao terminar a corrida 1 na segunda colocação. A vitória, no entanto, veio na prova seguinte, e Gabriel ainda fechou a rodada com mais um pódio, desta vez em terceiro. Foram ainda mais dois top-3 e o quinto lugar na classificação geral. Na disputa interna, bateu Montoya e ficou atrás de Beganovic e do campeão Minì.

Em 2021, mais um passo importante na estrada que leva para a tão sonhada Fórmula 1: a FRECA, e foi lá também que houve o primeiro contato entre Bortoleto e aquele que hoje é seu empresário, Fernando Alonso. Foi na equipe do bicampeão da F1, a FA Racing, que o jovem fez sua estreia na categoria. O ano acabou sendo mais complicado que o esperado, mas, mesmo assim, ainda rendeu um pódio na Áustria.

No ano seguinte, Gabriel transferiu-se para a R-ace GP, equipe que era a campeã vigente. Foram duas vitórias e outros três pódios que o levaram à sexta colocação geral e começaram a chamar ainda mais atenção. Alonso, então, decidiu estreitar ainda mais os laços e levou o jovem para ser um de seus agenciados.

Faltava mais um degrau, no entanto, e ele veio após os testes coletivos, com a confirmação de Bortoleto como piloto da Trident na F3. Um nível ainda mais desafiador, porém que o brasileiro passou com louvor. De acordo com Bortoleto, a vaga na Fórmula 2 de 2024 já está garantida, e a repetição de uma temporada vencedora pode colocá-lo na porta de entrada da F1 em uma época na qual vários contratos do grid se encerram. O primeiro passo já foi dado.