Comissários da FIA questionam procedimentos de largada após confusão na Austrália
Uma breve confusão se formou no GP da Austrália após a bandeira vermelha de Alexander Albon, quando alguns pilotos passaram perto de uma batida ao se aproximarem do pelotão. Preocupados com o perigo, comissários recomendaram revisão dos procedimentos de largada
O caos que tomou conta da terceira largada do GP da Austrália definitivamente marcou a terceira etapa da F1 2023, mas não foi o único momento de perigo para os pilotos que estavam na pista. Logo após a saída dos carros para a relargada na bandeira vermelha motivada por Alexander Albon, ainda no início da disputa, uma cena preocupante se formou quando diversos carros diminuíram a velocidade — e quem vinha atrás precisou dar um jeito de escapar de um acidente.
O fato aconteceu logo após George Russell ir aos boxes, o que acabou por derrubar o inglês do primeiro para o sétimo lugar. Uma grande distância se formou entre o sexto colocado Nico Hülkenberg e o carro da Mercedes, o que fez o #63 acelerar.
No entanto, o companheiro de Lewis Hamilton diminuiu a velocidade de forma repentina e quase fez com que os carros que vinham atrás não tivessem a oportunidade de desviar. Kevin Magnussen, inclusive, chegou a passar pela brita e ultrapassou alguns carros para evitar uma possível batida.
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Assim, os comissários que trabalharam no GP da Austrália pediram à FIA uma revisão dos procedimentos de largada, já que a situação poderia ter gerado um acidente preocupante — com uma grande diferença de velocidade entre os carros. No entanto, o pedido faz questão de inocentar Russell, que havia acabado de sair dos boxes e tentava encostar novamente no pelotão.
"Quando Russell e os carros que vinham atrás encostaram nos carros à frente, lidaram com uma grande diferença de velocidade entre os dois grupos, resultando em uma situação em que alguns carros precisaram tomar medidas evasivas", destacou o comunicado. "Do ponto de vista da segurança, essa não foi uma situação ideal", disse.
"Ainda que Russell estivesse lento, ele precisou manter a velocidade permitida no pit-lane até sair dos boxes e imediatamente acelerou para diminuir a distância. Assim, não consideramos necessário ou apropriado punir Russell por uma largada lenta do pit-lane. Sendo assim, não tomamos nenhuma medida adicional", afirmaram os comissários.

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Por fim, o pedido dos comissários indica uma revisão na regra que permite que o líder dite o ritmo do pelotão. Segundo os fiscais, Hamilton estava lento demais e foi o principal "culpado" para a confusão que se formou, o que pede uma análise sobre a repetição do cenário no futuro.
"Nesse momento, o primeiro carro da fila — atrás do safety-car — pode ditar o ritmo e, se necessário, ficar a uma distância maior do que dez carros atrás dele. Nós consideramos que parte do problema é a regra permitir que o carro na liderança dite o ritmo, mesmo quando for uma relargada parada do pit-lane [ao contrário de uma largada em movimento]. Isso deveria ser olhado no futuro, para que seja visto se é apropriado ter uma relargada desta natureza", finalizaram os comissários.