Stock Car flerta novamente com perigo por falta de segurança na rodada dupla em Tarumã

São pouco mais de oito meses desde o último forte incidente em Santa Cruz do Sul, que machucou mecânicos da RCM Motorsport. Em Tarumã, as batidas de Dudu Barrichello e Foresti chamaram a atenção e levantam novo questionamento: a que preço vale a pena estar correndo em um circuito "raiz"?

A batida de Foresti na largada rendeu safety-car em Tarumã (Vídeo: Stock Car)

Voltar às origens é sempre importante, ainda mais quando se fala em uma categoria como a Stock Car. Cobra-se a presença de pistas no Nordeste, um circuito no Rio de Janeiro, a presença de Curitiba no calendário, e isso tudo é válido.

O Rio Grande do Sul é desses estados que respira velocidade e tem de estar sempre nos planos da Stock, mas a segurança precisa vir em primeiro lugar. Embora o circuito em Tarumã tenha passado por atualizações, reconstrução de zebras, a categoria flertou - e bem - com o perigo neste fim de semana.

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Os acidentes sofridos por Dudu Barrichello no TL1 em Viamão por Lucas Foresti na corrida 2 foram bem fortes e, mesmo que ambos tenham saído sem maiores problemas do carro, a barreira de pneus não deu nenhum sinal de segurança para os protagonistas do espetáculo.

Pneu preso ao carro de Cacá Bueno em Tarumã (Foto: Reprodução)

O filho de Rubens praticamente subiu no barranco com o impacto da batida, e o representante da A. Mattheis Vogel, por pouco, não ricocheteou e voltou ao meio do circuito por conta do impacto. Sem contar nos inúmeros pilotos que tiveram suas corridas prejudicadas por conta de um festival de pneus furados. Que o digam Ricardo Zonta e Daniel Serra, só para citar dois.

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Teve pneu rolando para o meio da pista, com pilotos tendo de desviar. O composto de Cacá Bueno escapou das mãos dos mecânicos durante a parada nos boxes, além de ter ficado preso em seu carro. Não foram poucos os pilotos que reclamaram da infraestrutura e das condições do asfalto.

Ao menos, um combinado entre as equipes de aumentar o número de voltas na janela de pit-stops funcionou. Mas não deveria ter sido feito, porque a área dos boxes precisam de um espaço maior, e não como quando a Stock Car foi inaugurada, no fim dos anos 70.

Dudu Barrichello subiu no barranco no acidente de sexta-feira (Foto: Carsten Horst)

São pouco mais de oito meses desde o último forte incidente entre Pedro Cardoso e Denis Navarro e que atropelaram três mecânicos da RCM Motorsport. A coincidência? Também aconteceu em solo gaúcho, lá em Santa Cruz do Sul.

O esforço em estar numa praça que respira velocidade como o Rio Grande do Sul é notório e faz sentido, mas é preciso decidir entre a linha tênue de estar num circuito "raiz" como se diz na modernidade, porém, ao mesmo tempo, que os pilotos consigam desempenhar em uma pista bastante segura.

A categoria volta no fim de semana de 16 a 18 de junho, com rodada tripla em Cascavel, terceira etapa da temporada. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades.