MotoGP

Acosta mira consistência e diz: “No dicionário, campeonato é mais do que 1 corrida”

Pedro Acosta assumiu que, “em um dia normal na vida de Pedro Acosta”, teria terminado o GP da Áustria na brita. Espanhol citou conversas com a equipe para aprender a ser mais efetivo

Pedro Acosta destacou que tem feito um esforço para conter o “estilo natural” de pilotagem em prol da consistência na MotoGP. O espanhol destacou os conselhos de Pit Beirer, diretor da KTM, e Aki Ajo, chefe da equipe, e reconheceu que precisa mudar a mentalidade para pensar no campeonato e não apenas em uma corrida.

Terceiro colocado na sprint do GP da Áustria, Acosta fechou a corrida principal no Red Bull Ring no quarto posto, mas reconheceu que, em outros tempos, teria sucumbido ao desejo de perseguir o pódio a qualquer custo.

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“Tenho de ser sincero, se fosse um dia normal na vida de Pedro Acosta, teria mandado a moto para a brita”, admitiu o espanhol rindo. “Pois eu lutaria pelo pódio com tudo que tenho”, seguiu.

“Mas, às vezes, você precisa pensar que, quando olha a palavra ‘campeonato’ no dicionário, é mais do que uma corrida”, comentou Acosta. “Agora temos os mesmos pontos do top-5… Estamos buscando essa consistência e tentando ser competitivo em todas as pitas. Viemos de uma pista muito diferente, Brno, para cá e eu fui competitivo nas duas. Então talvez este novo estilo de pilotagem ajude”, ponderou.

Pedro Acosta citou empenho para conter estilo natural de pilotagem (Foto: Red Bull Content Pool)

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Acosta reconhece, contudo, que essa abordagem é pouco natural para ele, que está mais acostumado a atacar.

“Seu estilo natural é algo que você não pode esconder. Mas eu estou realmente tentando muito”, contou. “Depois do Brno, tivemos uma reunião com Pit e era para tentar acalmar tudo e recomeçar. Estamos fazendo boas corridas mais ou menos desde Assen. Precisamos seguir nessa direção, que parece estar funcionando”, ponderou.

Nas últimas duas etapas, Acosta somou 45 pontos, mais do que conseguiu nas seis primeiras etapas do ano.

“Quando algo não está em suas mãos, você não pode forçar mais e mais”, contou, fazendo referência ao conselho de Beirer. “Pois, às vezes, como em Sachsenring, você cai ou perde mais do que poderia ganhar mesmo se forçasse menos. Talvez em Sachsenring fosse mais uma vez um top-5, mas eu somei um pouco na sprint e zero na corrida principal”, acrescentou.

“Às vezes, ficando mais calmo, mais positivo ― é verdade que fui mais positivo desde que conversei com Aki [Ajo]. Como disse muitas vezes, não tive muitas temporadas ruins até esta aqui. E, este ano, devo dizer, estou aprendendo mais do que nos últimos quatro anos. Com certeza, estou dando mais de mim até mesmo do que quando ganhei o campeonato da Moto2”, completou.

MotoGP volta a acelerar no próximo fim de semana, entre 22 e 24 de agosto, no GP da Hungria, direto do Balaton Park, 14ª etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.