Chefe da IntactGP, Jürgen Lingg afirmou que uma falha na atualização do firmware causou a desclassificação de Manuel González no GP da Indonésia de domingo (5) da Moto2. O dirigente assegurou, no entanto, que o espanhol não teve “nenhuma vantagem” indevida em Mandalika.
González mostrou um ritmo forte no fim de semana na ilha de Lombok, mas um erro estratégico na classificação resultou apenas em um quarto lugar no grid. O #18 não conseguiu avançar nas primeiras voltas, mas, no sétimo giro, tomou o segundo posto, passando a tentar cortar a vantagem de Diogo Moreira na liderança da disputa.
Os dois, então, mostraram um ritmo bastante igualado, com Manu mostrando superioridade no segundo setor da pista, mas Diogo sendo mais forte nos três restantes. Assim, o piloto da IntactGP não conseguiu baixar o atraso de 1s e, nas voltas finais, o #10 da Italtrans disparou na ponta para vencer pela terceira vez em 2025.
Horas após o fim da corrida, porém, o Painel de Comissários da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) anunciou a desclassificação de González, indicando o uso de “uma versão não homologada do software, que não é mais aprovada pelo campeonato”.
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De acordo com Lingg, uma falha na transmissão impediu a atualização completa do firmware, um software no dispositivo de hardware, que executa funções básicas e dá as instruções necessárias para que o dispositivo de comunique com outros.
“Manuel mostrou um ritmo forte aqui em Lombok desde o início e conseguiu a segunda fila no grid na classificação. Sabíamos antes de a corrida começar que poderíamos competir na frente. Infelizmente, ele foi segurado nas primeiras voltas, o que custou a ele energia. Como resultado, ele não conseguiu cortar a diferença completamente”, disse Lingg. “Ele ficou dentro de 1s, mas não foi o bastante, pois ele teve de investir muito no início para pegar a segunda colocação. Faltando só uma volta, ele só estava administrando a corrida. No entanto, foi um segundo lugar forte, que foi tirado dele”, lamentou.
“Houve uma falha de transmissão na última atualização do firmware, na qual apenas um parâmetro foi atualizado. Infelizmente, não recebemos um alerta disso e, embora Manu não tenha tido nenhuma vantagem com isso, agora temos de aceitar a desclassificação”, explicou. “Juntos, nos tornaremos ainda mais fortes para que estejamos prontos para a batalha final do Mundial”, completou.
González assumiu a decepção com a desclassificação, mas assegurou que o desfecho do GP da Indonésia não “estressa tanto”.
“O que posso dizer… Obviamente, estou extremamente desapontado por termos tido tanto azar com a atualização do firmware, que resultou na minha desclassificação da corrida de hoje”, desabafou Manu. “Apesar de toda a má sorte, estamos levando os aspectos positivos de hoje. O campeonato agora está mais apertado, mas isso não me estressa tanto. Pelo contrário, me motiva a lutar ainda mais e a me preparar ainda mais intensamente”, avisou.
“Não podemos desfazer o que está feito, mas podemos voltar 100% para a Austrália e lutar pelo nosso campeonato”, encerrou.
Com o desfecho em Mandalika, González segue com 238 pontos, mas lidera o Mundial de Pilotos com só nove de margem para Moreira.
A Moto2 volta a acelerar entre os dias 17 a 19 de outubro com o GP da Austrália, direto de Phillip Island, 19ª etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
