GUIA 2024: Moreira alcança sonhada promoção, mas precisa de paciência na Moto2
Diogo Moreira finalmente subiu para a Moto2, mas ainda precisa de calma para se desenvolver na categoria intermediária do Mundial e seguir no sonhado caminho para a MotoGP
A CARREIRA DE DIOGO MOREIRA FINALMENTE DEU O SONHADO SALTO. A partir de 2024, o brasileiro vai correr na Moto2 e ficar mais próximo do objetivo de alcançar a classe rainha do Mundial de Motovelocidade. Depois de dois anos na Moto3, a chegada a um degrau mais elevado coloca ainda mais o talento em evidência, mas serão muitos os desafios no próximo campeonato.
A partir de 2024, Moreira vai correr na Italtrans, ao lado de Dennis Foggia. Com apenas 19 anos, o brasileiro tem sido alvo de comparações e criou altas expectativas desde que chegou no Mundial, inclusive sendo colocado como favorito ao título por alguns veteranos da MotoGP no ano passado.
Nos dois anos de Moto3, terminou em oitavo lugar, mas mostrou distintas qualidade nas duas ocasiões sempre com a equipe MSi. Na estreia, começou bem e brigando pelas primeiras posições, acumulando alguns top-10 e se consolidando como piloto de ponta na equilibrada categoria de entrada no Mundial. Um forte acidente na Catalunha, porém, o atrapalhou na metade do certame e a recuperação só surgiu na reta final.
Quando chegou a 2024, em um grid sem grandes favoritos e cheio de nomes promissores, Moreira prontamente tentou se destacar. Pódios em Portugal e Argentina o colocaram temporariamente na briga pelo tíulo, assim como o bom quarto lugar obtido no GP das Américas. A falta de consistência, porém, acabou sendo um ponto de oscilação e empurrou o brasileiro para posições intermediárias na classificação.
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Depois de bater na trave, a glória finalmente chegou na Indonésia. A pole já tinha sido surpreendente, mas o ritmo de corrida foi ainda mais. Superando a deficiência de perder rendimento dos pneus ao longo da prova, o piloto da MSi ainda conseguiu segurar os rivais com maestria e garantiu a primeira vitória da carreira no Mundial. Esse, porém, também seria um momento de virada no campeonato — e não para o lado positivo.
O GP da Austrália foi turbulento para todos. Fortes ventos e uma chuva constante criaram caos para os pilotos dos frágeis equipamentos da Moto3. Moreira foi uma dessas vítimas e caiu ainda a caminho do grid, antes mesmo da largada. Apesar de ter se levantado e voltado aos boxes para correr, abandonou com poucas voltas. Logo depois, a MSi revelou que o brasileiro tinha perdido a consciência na queda.
Depois do acidente em Phillip Island, pouca coisa deu certo na Moto3. Abandonos na Malásia e em Valência, 13º lugar na Tailândia e o fim do pelotão no Catar, sem sequer pontuar. O fim melancólico da passagem pela classe inferior acabou sendo esquecido rapidamente com os testes da Moto2.
Para 2024, a Italtrans anunciou a chegada do veterano Livio Suppo como consultor de provas. Com experiência na MotoGP, sendo chefe de Honda, Ducati e Suzuki, o italiano espera ajudar a equipe a se reerguer depois de um ano difícil e sem triunfos. Roberto Brivio, ex-coordenador da Suzuki e irmão do renomado Davide, também foi contratado para comandar a equipe a partir deste ano.
A Italtrans é uma equipe criada pelos irmãos Germano e Claudio Bellina já contou, por exemplo, com pilotos como Takaaki Nakagami, Franco Morbidelli, Mattia Pasini, Andrea Locatelli e Enea Bastianini, que foi campeão da classe intermediária em 2020 correndo pelo time.
“Já me senti bem nos primeiros testes. A meta é crescer junto da equipe: estou determinado a ganhar experiência e crescer na Moto2. Espero conseguir pagar a confiança que colocaram em mim”, afirmou o brasileiro.
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