Francesco Bagnaia avaliou que a vantagem de 14 pontos na liderança da MotoGP “não chega nem perto de ser suficiente” na briga com Jorge Martín pelo título de 2023. Com duas etapas ainda pela frente, a classe rainha tem 74 pontos em disputa entre Catar e Comunidade Valenciana.
Na luta pelo bicampeonato da MotoGP, Bagnaia encontrou em Martín o principal adversário, especialmente na metade final da temporada. Ainda assim, exceto pelo breve período de 24h, o #1 conseguiu sustentar a liderança do campeonato, mas sem abrir uma margem decisiva em relação ao titular da Pramac.
No GP da Malásia, Bagnaia encerrou um jejum de poles que vinha desde o GP da Catalunha, justamente a prova que ficou marcada por um acidente assustador. Na sprint de Sepang, Pecco ficou com o terceiro lugar, atrás de Martín, mas, na corrida de domingo, ficou em terceiro, diante do rival.
“Estou satisfeito com o trabalho, mas não completamente com o resultado”, disse Bagnaia. “Preferia estar mais na frente, mas temos de ficar felizes. Fechamos o fim de semana com um ponto mais do que começamos e recuperamos o feeling. Pude forçar desde o início e fazer a pole-position”, seguiu.
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“Tudo correu bem, com exceção da sprint, quando comecei a ter um problema com a dianteira, que vibrava muito. Não fiquei feliz com isso, mas hoje [domingo] foi bom”, avaliou.
A prova malaia, aliás, viu um confronto direto entre os postulantes ao título.
“A batalha com Jorge foi boa e nós conseguimos abrir margem em relação a ele. Tentei tudo para alcançar os dois ponteiros, mas estava com dificuldade com a dianteira, com um feeling estranho”, apontou. “Estava travando muito e tinha muito movimento. Era muito arriscado cortar aquela diferença”, avaliou.
Pecco destacou, porém, que mais do que o pódio, o mais importante na Malásia foi ter sido mais competitivo do que Martín.
“Considerando o ritmo que tivemos depois dessa batalha, podemos ficar felizes. Meu ritmo foi forte e talvez tenhamos sido mais competitivos do que ele hoje. Isso é importante”, observou. “Foi a primeira vez que fomos mais competitivos do que ele em muitas corridas. Estou feliz com isso e com o feeling com a moto”, comemorou.
Restando apenas duas etapas pela frente, a MotoGP ainda tem 74 pontos em disputa. Assim, Pecco vê a margem de 14 como insuficiente para dar tranquilidade na reta final do campeonato.
“Isso vai ser importante para abrir vantagem. 14 pontos é bom, mas não chega nem perto de ser suficiente”, avaliou.
O italiano celebrou, contudo, a recuperação de Enea Bastianini, que venceu pela primeira vez com a equipe de fábrica, já que considera que o parceiro poderá ser uma ajuda na batalha pelo título.
“Estou muito feliz que Enea tenha voltado a [este nível de] performance. Vai ajudar a melhorar. Estou ansioso pelo Catar”, encerrou.
A MotoGP volta a acelerar no final de semana de 19 de novembro, com o GP do Catar, no circuito de Lusail, para a penúltima etapa do calendário. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.