Francesco Bagnaia ainda não sabe se vai estampar o #1 na Ducati na temporada 2023 da MotoGP. O italiano reconheceu que sempre foi fascinado por pilotos que vestiam o número do campeão, mas avaliou que o numeral representa, também, mais pressão.
Na MotoGP, o #1 virou uma espécie de maldição, já que o último piloto que o exibiu com sucesso foi Mick Doohan em 1998, quando conquistou o último dos cinco títulos nas 500cc. Depois disso, ninguém mais defendeu a coroa de maneira bem sucedida usando o número do campeão.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Nestes anos, Álex Crivillé fez questão do #1 em 2000, Kenny Roberts Jr. em 2001, Casey Stoner em 2008 e 2012, e Jorge Lorenzo em 2011. Valentino Rossi, Lorenzo nos outros dois títulos, Marc Márquez, Joan Mir e Fabio Quartararo não abandonaram as numerações tradicionais em favor do número 1.
“Fico feliz por ter este tipo de problema, mas, honestamente, é algo em que tenho de pensar muito a respeito, pois é verdade que ninguém pode usar o número um”, disse Bagnaia. “Mas carregar o número pode colocar muita pressão em cima de você”, seguiu.
“Sempre fui fascinado por pilotos com o número um”, assumiu. “Então vamos ver. É difícil escolher. Com certeza, é um pensamento diferente. Só espero que tenha a oportunidade nos próximos anos de não sentir outra vez o que senti no domingo [da final de Valência], pois pode ser mais perigoso”, comentou.
Questionado durante o teste realizado pela MotoGP dois dias após a decisão se já se sentia como um campeão mundial, Pecco respondeu: “Não, honestamente não. Mas eu já disse que vou dar a Ducati uma semana para fazer o que eles quiserem e aí vou desligar o telefone para pensar e relaxar”.
Caso opte por mudar para o #1 será a quarta troca de numeral de Pecco no Mundial de Motovelocidade. O italiano usou o #21 nos tempos da Moto3, mas precisou mudar para #42 na subida para a Moto2, já que Franco Morbidelli já estava por lá usando o numeral. Na hora de passar para a classe rainha, Francesco não pôde escolher nenhum dos dois números, já que o ítalo-brasileiro tinha chegado à elite antes e Álex Rins também já usava o #42. Assim, optou pelo 63, uma soma dos dois números.
No início da semana, o jornal italiano La Reppublica revelou que Bagnaia ganhou exatos R$ 26.708.930,00 da Ducati na temporada 2022, contando salário, bonificação por vitórias e pódios e um prêmio pelo título.