Kanaan destaca preparação física aos 48 anos: "Se fosse ruim, não teria emprego"

Aos 48 anos, Tony Kanaan falou sobre a preparação física antes da última Indy 500 e de como a forma de enxergar pilotos veteranos mudou ao longo dos últimos anos no automobilismo

Tony Kanaan se prepara para disputar a Indy 500 pela 22ª vez na carreira. Vencedor da edição de 2013, o brasileiro acertou com a Ganassi para sua despedida do Speedway, buscando o segundo anel. Em 2023, o piloto do carro #66 também será o mais velho do grid, já aos 48 anos de idade. No próximo domingo (28), ele largará do nono posto.

Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO como parte do especial da semana de despedida, Kanaan falou sobre a representatividade de competir por tanto tempo na Indy e comentou sobre a preparação física acima da média para lidar com a prova de 200 voltas e aproximadamente 3h de duração pela 22ª vez.

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“São duas coisas. A primeira: é lógico que eu sempre me cuidei. Eu tenho 48 anos. Se eu estivesse com um físico ruim, que estivesse atrapalhando a minha performance, eu não iria ter emprego. Porque, realmente, as pessoas iriam me chamar de velho. Atualmente, ainda falam bem [do meu físico], porque nos Estados Unidos eles são mais abertos a [empregar] um cara de idade mais avançada. Por exemplo, uma coisa que a gente mudou isso um pouco: os caras colocaram o [Fernando] Alonso para correr [em uma equipe de ponta, na Fórmula 1]. Antes isso nunca aconteceria. Na época do Mario [Andretti], que ele correu até 58 anos, isso também não vai acontecer de novo", declarou Kanaan.

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Kanaan vai correr a Indy 500 pela última vez (Foto: Indycar)

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Além do segundo anel, Kanaan tem a chance de quebrar uma marca história: virar o mais velho vencedor da história das 500 Milhas de Indianápolis. Atualmente, o feito pertence ao já falecido Al Unser, que venceu a edição de 1987 aos 47 anos e 360 dias. Pelos desempenhos recentes, Tony crê que é possível.

“Então, acho que isso e os resultados. Lógico que nesses últimos anos não foram todas as vezes que eu estava em equipes de ponta, mas pelo desafio, eu provei mesmo com uma equipe pequena que a gente poderia ter ganho, porque na Indy realmente é diferente. Também tem a escolha de continuar e de me colocar em posições, como aconteceu na Foyt, para tentar melhorar uma equipe. Aí você vê, passam dois ou três anos, pintam oportunidades como pintou na Ganassi e depois na McLaren, então acho que o segredo foi me cuidar fisicamente e estar sempre competitivo. Não necessariamente ganhando tudo", concluiu.