Wickens revela sonho de disputar Indy 500 em 2024: "Nunca pensei que seria meu legado"

Paraplégico desde acidente em Pocono, em 2018, Robert Wickens atualmente compete pelo IMSA e tem o desejo de ser primeiro deficiente físico a competir na Indy 500 em 2024

Cinco anos após o terrível acidente em Pocono que gerou fratura grave na espinha e a paraplegia, Robert Wickens tem o sonho de disputar as 500 Milhas de Indianápolis de novo. Atualmente, o canadense compete no IMSA Challenge Series em um Hyundai Elantra adaptado com controles de mão.

Aos 34 anos, Wickens já até venceu corridas pela categoria de TCR, mas o objetivo agora é outro: se tornar o primeiro deficiente físico a disputar a Indy 500. O canadense foi nono colocado na edição de 2018 da corrida mais importante do automobilismo americano, rendendo o prêmio de novato do ano.

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"Acho que correr a Indy 500 seria uma oportunidade incrível. Se eu puder estar no grid em 2024, será a 108ª edição da corrida e até hoje ninguém competiu com deficiência. Nunca pensei que este seria meu legado, mas se é, acho que seria bem legal de fazer. E muito bom para a causa das lesões de espinha", comentou em entrevista ao site americano Motorsport.com

"Seria ótimo para qualquer pessoa que tem dificuldade em algo, mostrar que pode alcançar algo na vida se tiver um grande sistema de suporte, muito trabalho duro e pensamento positivo", declarou.

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Robert Wickens está de volta ao automobilismo (Foto: Hyundai)

Wickens sofreu um grave acidente ao se chocar com Ryan Hunter-Reay e decolar contra a grade do oval de Pocono, em 19 de agosto de 2018. Ele foi submetido a uma cirurgia na coluna vertebral para reparar uma fratura na espinha. Por conta das lesões, acabou virando paraplégico.

Desde então, Robert tem pequenas evoluções pouco a pouco, e ganhou a oportunidade de guiar um carro adaptado no IMSA Challenge Series. Atualmente, ele divide o Hyundai Elantra N TCR com o americano Harry Gottsacker. No atual campeonato, foi ao pódio duas vezes.

"Para mim, apenas colocar o pé dentro de um carro da Indy novamente e dar voltas, seria um acontecimento e tanto. Precisamos adaptar o carro com controle de mãos, ver se é possível. Agora, estamos arrecadando fundos, tentando encontrar um parceiro que esteja disposto a nos ajudar a adaptar o carro, porque não é de graça", seguiu.

"Assim que tivermos dinheiro e algo no caminho certo, podemos começar a pensar em outras opções e oportunidades. A partir daí, podemos avaliar se a Indy 500 é uma possibilidade, ou talvez eu conclua que não seja possível e seguimos em caminhos separados, começando a focar no IMSA e em outras categorias", completou.

 O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as ações da 107ª edição das 500 Milhas de Indianápolis.