Ericsson diz que ficou "abalado" ao perder vaga na F1, mas Indy trouxe "nova motivação"

Em entrevista, Marcus Ericsson contou sobre a sua saída da Sauber em 2018 e disse que foi um "momento difícil" de sua carreira. O piloto sueco definiu a Indy uma "nova motivação" após decepção com a Fórmula 1

A Indy recebeu, nos últimos anos, alguns pilotos que não tiveram sucesso ou que foram pouco aproveitados na Fórmula 1. O vencedor das 500 Milhas de Indianápolis no ano passado, Marcus Ericsson, foi um dos que fizeram este movimento ao acertar, em 2019, com a Schmidt Peterson (atual McLaren), após quatro temporadas com vaga garantida na categoria de elite do automobilismo mundial.

Mas não foi fácil para o sueco sair da F1. Pelo contrário, ele ficou bastante abalado ao perceber que não ficaria na transição da Sauber para a Alfa Romeo (como construtora principal) entre 2018 e 2019. A perda do assento ficou clara quando Kimi Räikkönen saiu da Ferrari e foi contratado pelo time de Hinwil, já que a outra vaga, que era de Charles Leclerc, seria ocupada por Antonio Giovinazzi.

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"Eu sabia que o outro assento que Charles [Leclerc] tinha seria para um piloto júnior da Ferrari ou um piloto da Ferrari. Então, Kimi [Räikkönen] foi contratado para ocupar o 'meu' lugar e eu sabia que era isso, acabou. Mas, de certa forma, nunca consegui que minha carreira na F1 desse certo. Naquele momento, eu estava bastante abalado em relação à minha confiança e tudo mais. Passei por um momento difícil", contou o sueco em entrevista ao jornalista David Land.

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Marcus Ericsson disse que ficou bastante abalado após saída da Sauber em 2018 (Foto: Sauber)

Ericsson também disse que se sentiu "decepcionado" com a situação, mas que isso o ajudou a refletir e fez ele sentir "que era uma oportunidade para fazer algo diferente e encontrar uma nova motivação de verdade". A Indy apareceu como uma nova chance para o piloto, que depois de uma temporada com resultados modestos na Schmidt Peterson, acertou com a Ganassi em 2020, uma das principais do grid, e na temporada deste ano está na luta pelo título do campeonato.

"No mesmo dia em que recebi a informação de que seria substituído, liguei para meu empresário e disse a ele que precisávamos considerar os Estados Unidos, precisávamos olhar para a Indy, é onde quero ir", finalizou o veterano de 32 anos.

Na Fórmula 1, Ericsson fez a sua estreia em 2014, na extinta Caterham, e conseguiu um 11º lugar como melhor resultado, no GP de Mônaco. Depois, o piloto seguiu para a Sauber, onde ficou até 2018 e conseguiu a sua melhor performance na estreia, em 2015, com a oitava colocação no GP da Austrália. Ao todo, foram 97 corridas disputadas na categoria e apenas 18 pontos conquistados.

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Marcus Ericsson no GP de Indianápolis 1 no último fim de semana. Piloto sueco está na briga pelo título da Indy (Foto: Indy)

Por sua vez, na Indy, até o momento são 68 corridas, quatro vitórias e nove pódios — todos estes conquistados com a Ganassi entre 2020 e 2023. A primeira vez que o sueco subiu ao lugar mais alto do pódio foi no GP de Detroit, em 2021, mas a maior conquista aconteceu na Indy 500 do ano passado, considerada a principal prova da categoria americana.

Portanto, neste ano, Ericsson busca a sua segunda vitória na tradicional prova, que começa nesta terça-feira (17) com os testes. A classificação será realizada entre os dias 20 e 21 de maio. E, por fim, a corrida será promovida em 28 de maio. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2023.