Felix Rosenqvist confessou que a pole-position para o GP de Long Beach da Indy, conquistada nesse sábado (20), foi surpreendente. E foram dois os motivos apontados pelo sueco: ter ficado posições distante de Álex Palou na penúltima fase do treino e ter registrado sua volta com tempo considerável para o fim da sessão.
Rosenqvist avançou ao Fast 6 com 1min06s067, que lhe rendeu a quinta melhor marca do segmento — Palou foi o mais rápido com 1min05s910, a volta mais rápida do final de semana. No entanto, na parte decisiva do treino, o sueco cravou 1min06s017 com minutos para o cronometro zerar. Com tempo mais alto que a concorrência na fase anterior, restou secar os adversários enquanto as condições de pista melhoravam. O agouro deu certo e nenhum concorrente conseguiu superá-lo — quem chegou mais próximo foi Will Power, 0s004 atrás.
“Honestamente, é um pouco surpreendente. Não achava que poderia fazer a pole. Claro, todo mundo aqui tem chance, mas considerando a segunda parte da classificação, não esperava”, reconheceu.
“É um grande momento. Acho que não perdemos tempo [na volta], mas fiquei aflito. Terminamos um pouco cedo a classificação e tive de ficar esperando, sentado no carro”, completou.
No início da semana, Rosenqvist disse que a meta na temporada é diminuir o índice de acidentes na Indy. Em 80 corridas realizadas, o sueco não completou 17 e esteve envolvido em incidentes em 10 provas, o contribuiu para as saídas da Ganassi e McLaren. A Meyer Shank representa uma nova oportunidade na carreira do piloto, mas a própria equipe tenta se consolidar na categoria.
Campeã da Indy 500 de 2021 com Hélio Castroneves, que agora é um dos sócios da operação, a Meyer Shank pode ter seu lugar entre os imortais de Indianápolis, mas vem de duas temporadas vexatórias, onde brigou para não ser a pior do grid. O início do atual campeonato, porém, mostra que a jornada pode ser diferente em 2024. Além da pole, Rosenqvist conquistou o sétimo lugar em São Petersburgo e o pódio no Desafio do US$ 1 Milhão. Na visão do sueco, fruto de muito trabalho em conjunto.
“Sinto que tenho grande suporte da equipe. Tudo tem funcionado bem, estamos fazendo as mudanças corretas no carro e evoluindo muito bastante. Fantástico trabalho da Meyer Shank”, garantiu.
Durante entrevista coletiva após o treino classificatória, Rosenqvist fez questão de ressaltar o fato de ter superado Power, afinal, o australiano é o recordista desse quesito na Indy. Ao todo, o piloto da Penske largou 68 vezes na frente.
“Ele [Will Power] fez o trabalho ser mais difícil. Estou empolgado por conquistar a pole, apenas alguns milésimos à frente do Will. Significa muito bater esse cara”, encerrou.
O GP de Long Beach da Indy está agendado para acontecer no dia 21 de abril, no circuito de rua montado na Califórnia. A corrida tem cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.