DRR joga bote salva-vidas e resgata Rahal para substituir Wilson na Indy 500

Dreyer & Reinbold teve de agir rápido e escolher um substituto apenas algumas horas depois da confirmação de que Stefan Wilson está fora da Indy 500. Graham Rahal, porém, larga em último

O acidente de Legge e Wilson (Vídeo: Indycar)

A Dreyer & Reinbold teve horas agitadas entre a tarde da última segunda-feira e a manhã desta terça-feira (23). Após o primeiro grande acidente da preparação para a edição 2023 das 500 Milhas de Indianápolis mandar Stefan Wilson para o hospital e tirá-lo da corrida, a equipe teve de buscar um substituto. A decisão foi convocar Graham Rahal para o #24.

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É uma verdadeira ação de resgate da DRR, que salva Rahal e dá a ele um lugar no grid. Foi ele quem se deu pior nas dificuldades da RLL na classificação em Indianápolis no fim de semana e acabou sendo o 34º e último colocado na formação do grid. Assim, foi 'bumpado' e ficou eliminado para a corrida, algo que rendeu um "coração partido". Não largaria. Agora, porém, forma o grid.

A vida de Rahal não será simples, porque terá de encontrar um novo carro e se preparar para largar na última colocação. Independente da posição de Wilson, que era o 25º lugar, o que classifica na Indy 500 é a junção carro-piloto. Assim, a vaga permanece com o carro, mas a posição do piloto se perde. Rahal larga em último e todo mundo que sairia entre 26º e 33º ganha uma posição. Parte de uma equipe com motor Honda, agora terá de se acostumar com o Chevrolet.

"Estamos animados em colocar Graham no carro, foi uma situação complicada e o Stefan ainda está passando por uma avaliação maior hoje no hospital. Tinham muitas barreiras que impediam o acordo, muitos conflitos, mas é a Indy 500 e todo mundo trabalha junto para fazer o evento ser tão especial", disse Dennis Reinbold, dono da equipe.

Rahal ficou fora da Indy 500. Mas só por dois dias IFoto: Indycar)

Aliás, Rahal já defendeu a DRR anteriormente: foi em Iowa, 2010, quando substituiu um também contundido Mike Conway. Largou no 17º lugar e chegou a liderar a prova por nove voltas antes de terminar na nona colocação.

"Primeiro de tudo: eu sinto muito pelo Stef, ver o que aconteceu com ele nunca é bom. Sei que agora ele está em uma montanha-russa de emoções, a família Wilson teve impacto muito forte na minha vida. Quando recebi a ligação do Dennis, ontem de tarde, me senti convocado a vir e preencher essa vaga. É a vaga do Stef, o carro dele, uma honra estar aqui", comentou Graham.

Wilson viu a sorte acabar de vez no treino livre da última segunda-feira. Uma pancada que envolveu também Katherine Legge rendeu fratura na 12ª vértebra torácica e definiu a impossibilidade médica de participar na prova. O piloto teve de passar a noite no hospital para ser observado, mas não teve maiores lesões.

O acidente aconteceu quando o treino passou de 1h10 de duração e tinha apenas 49 minutos restantes. Wilson sofreu uma súbita desaceleração e foi acertado em cheio pelo RLL de Legge. Ambos pilotos pararam no muro após o choque. Stefan precisou ser resgatado pelo time médico e foi levado ao hospital mais próximo, enquanto Katherine foi liberada ainda no centro médico do IMS.

Irmão do falecido piloto Justin, Stefan iria para a quinta participação nas 500 Milhas de Indianápolis. O melhor resultado foi um 15º lugar em 2018, pela Andretti, Nesta edição, o piloto foi inscrito no carro #24 da Dreyer & Reinbold em parceria com a Cusick Motorsports. Ele largaria da 25ª posição, escapando da disputa do Bump.

A largada das 500 Milhas de Indianápolis está marcada para às 13h30 (de Brasília, GMT-3) do próximo domingo (28), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

O acidente de Legge e Wilson por outro ângulo (Vídeo: Indycar)