Wolff assume "desconforto" por negociar salário com "irmão de sangue" Hamilton
Toto Wolff disse à publicação austríaca oe24 que rumores sobre a saída de Lewis Hamilton da Mercedes acontecem sempre e garantiu que não há pressão para renovar contrato
Rumores que apontam uma possível saída de Lewis Hamilton da Mercedes já são comuns para Toto Wolff, tanto que a história mais recente, que envolveria uma troca entre o heptacampeão e Charles Leclerc, na Ferrari, não o surpreende. O chefe da equipe alemã, aliás, reiterou que não há pressão para definir a renovação do britânico e ainda apontou um razão para a demora: não é fácil discutir salário com o seu "irmão de sangue".
Hamilton está na Mercedes desde a temporada 2013 e foi um dos grandes responsáveis pela fase dominante do time de Brackley na era híbrida da Fórmula 1, conquistando seis dos seus sete títulos. No ano passado, no entanto, a mudança no regulamento causou uma alteração importante na ordem de forças do grid, e a Mercedes se vê dependente de circunstâncias para brigar por pódios.
Relacionadas
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
Sem um carro competitivo nas mãos e com pouca perspectiva de melhora, os rumores do fim da parceria Hamilton/Mercedes se intensificaram, mas Wolff mais uma vez deu de ombros. "Esses rumores [sobre uma possível ida de Lewis para a Ferrari] surgem a cada dois anos quando temos de assinar um novo contrato", disse o dirigente à publicação austríaca oe24.
"Mas nada disso é verdade. Nós discutimos normalmente, sem nenhuma pressão quanto ao tempo", salientou. "Só é desconfortável que dois amigos, dois irmãos de sangue que passaram por bons e maus momentos durante dez anos, de repente tenham de discutir dinheiro", admitiu Wolff.
Também CEO da Mercedes, o austríaco ainda disse que está certo de que, em breve, ambos chegarão a um denominador comum. "Estou firmemente convencido de que nos encontraremos, não há um milímetro de dúvida para mim. Não consigo imaginar outra coisa", ressaltou, garantindo que ainda confia totalmente no potencial do #44.
"Se dermos a Lewis um carro competitivo, ele vencerá por um bom tempo. Olhe para Tom Brady, o que ele ainda era capaz de fazer aos 40 anos", finalizou Wolff.
