Charles Leclerc garantiu as duas poles do último fim de semana de Fórmula 1, no GP do Azerbaijão disputado no domingo (30), mas admitiu desde o início que seria difícil segurar a pressão das duas Red Bull que vinham atrás. Dito e feito: assim que a direção de prova liberou a ativação da asa móvel, o monegasco perdeu posições para Max Verstappen e Sergio Pérez — que venceu no fim.
No entanto, algo que chamou a atenção foi a facilidade com a qual os dois carros da Red Bull deixaram o ferrarista para trás, e uma das principais explicações está justamente no DRS. De acordo com o perfil F1 Data Analysis, especialista em análise de dados da Fórmula 1, os taurinos atingiam até 30 km/h a mais nas retas do que os carros italianos, o que tornou impossível uma defesa por parte de Charles.
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Isso acontece devido à efetividade da asa móvel austríaca, que reduziu o arrasto aerodinâmico em 24,3% na pista urbana de Baku. Para efeito de comparação, a Ferrari conseguiu 15% de redução, enquanto a Mercedes ficou em 15,9%. A diferença, de quase 10%, explica como os carros da Red Bull são praticamente imbatíveis nas retas — principalmente com o DRS ativado.
No fim das contas, o primeiro carro de outra equipe a cruzar a linha de chegada — justamente Leclerc — ficou a 21s2 do líder Pérez, uma distância que dá a dimensão do domínio taurino neste início de 2023.
Em quatro corridas disputadas na temporada, a Red Bull venceu todas, com direito a 1-2 em três delas: no Bahrein, Verstappen venceu, com Pérez em segundo; na Arábia Saudita, a ordem se inverteu antes de se repetir em Baku. A exceção foi na Austrália, quando o bicampeão mundial triunfou e Lewis Hamilton chegou na segunda posição.
A Fórmula 1 retoma suas atividades já neste fim de semana, com a disputa do GP de Miami entre os dias 5 e 7 de maio. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento.