Mercedes admite erro após desclassificação de Hamilton nos EUA: "Vamos aceitar o golpe"

Toto Wolff e Andrew Shovlin, respectivamente chefe e diretor de engenharia da Mercedes, explicaram que o pouco tempo de testes no GP dos EUA fez com que a equipe não previsse o desgaste exagerado da prancha de Lewis Hamilton, que acabou desclassificado

A desclassificação de Lewis Hamilton do GP dos EUA, disputado neste domingo (22), caiu como uma bomba na Mercedes. Devido a uma infração técnica na prancha, que sofreu um desgaste maior do que o permitido, tanto o inglês quanto Charles Leclerc acabaram excluídos da corrida. Naturalmente, após a perda da segunda colocação, a equipe alemã ficou bastante incomodada, mas descartou recorrer.

O chefe Toto Wolff descartou imediatamente a possibilidade de apelar sobre o resultado e disse que a escuderia vai aceitar a punição. O austríaco admitiu que houve um erro por parte da equipe, principalmente pelo tempo limitado de testes em um fim de semana com corrida sprint.

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"Escolhas de acerto em um fim de semana com corrida sprint são sempre um desafio, já que temos apenas uma hora de treinos", disse Wolff. "Principalmente em uma pista como o Circuito das Américas, e utilizando uma nova atualização", explicou.

"No fim, nada disso importa. Os outros acertaram em um ponto que erramos, e não há área cinzenta nas regras. Precisamos aceitar o golpe, aprender e voltar mais fortes no próximo fim de semana", completou.

Desclassificado, Hamilton vê Pérez abrir vantagem no segundo lugar do campeonato (Foto: Mercedes)

Diretor de engenharia das Flechas de Prata, Andrew Shovlin foi na mesma direção do chefe. Segundo o britânico, a Mercedes não testou o carro utilizando a carga de combustível que seria usada na corrida, já que o fim de semana contou com apenas 60min de treino livre, em uma sessão na sexta-feira. Assim, não foi possível prever o efeito do peso na parte inferior do monoposto.

"Estamos, é claro, muito decepcionados pela perda da posição no pódio", admitiu Shovlin. "Infelizmente, é um dos problemas do formato de corrida sprint, em que temos apenas uma hora de pista antes do parque fechado", lamentou.

"Combinamos a falta de testes da carga de combustível de corrida com um circuito cheio de oscilações como esse, e isso contribuiu para um desgaste mais alto do que o esperado [na prancha]. Vamos aprender com isso, mas também levar os pontos positivos", finalizou.

A desclassificação foi terrível para as pretensões de Hamilton de tomar o segundo lugar de Sergio Pérez. O mexicano foi a 240 pontos após a corrida de Austin, enquanto o britânico estacionou nos 201. Agora, Lewis tem mais quatro corridas — México, Brasil, Las Vegas e Abu Dhabi — para buscar os 39 que lhe faltam.

Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, com o GP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez, para a 19ª etapa da temporada 2023.

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