Alonso revela proximidade e diz que Stroll "vai liderar Aston Martin por 10 ou 15 anos"

Fernando Alonso afirmou que o trabalho em conjunto com Lance Stroll é constante e quer ajudar o canadense o máximo possível para o que será um futuro duradouro

"SEM BABAQUICE, VERSTAPPEN! ACEITE: VOCÊ É A CAÇA DA F1" | GP às 10

O começo da Era Alonso na Aston Martin é surpreendente: um salto claro na ordem de forças do campeonato e pódio nas três primeiras corridas além do vice no Mundial de Construtores após quatro provas. E uma relação bastante próxima entre os dois pilotos, Fernando Alonso e Lance Stroll, de acordo com o bicampeão mundial de Fórmula 1. Alonso quer ajudar Stroll o máximo possível no que imagina como uma longa trajetória do atual companheiro à frente da equipe.

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A conversa surgiu após o GP do Azerbaijão, onde os dois pilotos tiveram demonstrações públicas de respeito. No começo da corrida, Stroll estava logo atrás e tinha velocidade, mas mandou avisar que não iria pressionar Fernando para evitar desgaste no equipamento e na estratégia. Depois, na segunda parte da corrida, Alonso passou a andar muito rápido, ultrapassou a Ferrari de Carlos Sainz e passou, via rádio para a equipe, a configuração de freios com a qual Lance deveria terminar a prova.

"Conversamos muito sobre o fim de semana a partir de quinta-feira: o que ambos sentimos [na pista] e na reunião de estratégia no passado, o que faremos, qual será o plano para os dois carros e coisas assim. Se sentimos alguma coisa no carro durante a corrida que não tínhamos notado antes e pode ajudar o outro, normalmente nos comunicamos através da equipe", afirmou.

"Sei que estarei no esporte por mais alguns anos, mas não muitos, enquanto Lance vai liderar a equipe ainda por 10 ou 15 anos. Espero poder ajudar Lance o máximo possível nos próximos anos", continuou.

Questionado se já teve alguma relação tão próxima com um companheiro de equipe, garantiu que já: só que o público não via. "Já tive! Mas somente alguns dos meus rádios eram transmitidos, não [os como] esse. Por qualquer que seja o motivo, a F1 agora é carinhosa comigo", falou.

Lance Stroll está com moral para o companheiro Fernando Alonso (Foto: Aston Martin)

Stroll, por sua vez, reiterou a decisão de não duelar com o companheiro no primeiro stint e agradeceu a mensagem de rádio.

"Estávamos pensando no longo prazo, na corrida, e ele tinha mais ritmo. Eu não queria forçá-lo neste sentido, porque senti que era inteligente da nossa parte gerenciar o começo da corrida. E ele voou com os pneus duros, enquanto eu tive problemas com o equilíbrio e não me acertei. Errei na curva 16, quando Hamilton me pegou, e senti que estava muito difícil no fim da corrida", comentou.

"Escutei o rádio agora [depois da corrida]! Ele devolveu o favor, então foi legal da parte dele. Eu recebi a mensagem para mudar o equilíbrio dos freios e trocar algumas coisas. É legal saber que partiu dele", finalizou.

O chefe de equipe da Aston Martin, Mike Krack, mostrou óbvia alegria com a relação de seus dois pilotos. "É fantástico de ver. Mostra a maturidade de Lance e Fernando, da maneira que trabalham juntos e como agem com o outro. Entendem claramente que o oponente não é o outro carro igual, mas os diferentes", declarou.

"Se conseguirmos manter essa harmonia entre os dois, ambos se empurrando para frente e se ajudando onde importa, seremos apenas beneficiados a longo prazo", garantiu.

Krack ainda garantiu que os dois contam com mesmo status na equipe. "Lance não é o irmão menor, os dois são vistos da mesma forma. São muitas as vezes em que Fernando olha o que Lance está fazendo, bem como o contrário. São companheiros de equipe de verdade, não irmão maior e irmão menor. Dá para dizer só que são mais velho e mais novo", terminou.

É verdade, porém, que os dois já tiveram encontros menos amistosos na pista: no Bahrein, por exemplo, Stroll tocou o companheiro na largada. Para a sorte de ambos, ninguém precisou abandonar. Ano passado, quando Fernando ainda estava na Alpine, os dois se encontraram de forma mais séria no GP dos Estados Unidos, quando o carro do espanhol chegou a sair do chão. Stroll chegou a ser punido com a perda de três posições para a corrida seguinte, no México, por se mexer o carro de linha tarde demais para se defender.

A Fórmula 1 faz longa viagem e já retorna na semana que vem, entre os dias 5 e 7 de maio, com o GP de Miami, primeira de três etapas do ano nos Estados Unidos.

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