Alonso minimiza falta de ultrapassagens na F1 2023: "Sempre foi assim"

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou, nesta quinta-feira (4), que duas das três zonas de DRS no GP de Miami, que será realizado no próximo fim de semana, sofreram reduções de 75 metros. Isso tem suscitado dúvidas em relação à quantidade de ultrapassagens na corrida de domingo (7) — no sentido de que poderá ser uma prova monótona. Mas, segundo Fernando Alonso, não será tão diferente.

O piloto da Aston Martin foi questionado pela imprensa, nesta tarde, em solo americano, sobre a falta de ultrapassagens verificada no GP do Azerbaijão, que aconteceu no último fim de semana. Alonso se mostrou pouco surpreso com o cenário e disse que "sempre foi assim" na Fórmula 1, principalmente quando houve dominância de alguma equipe.

"Por sete anos, [Lewis] Hamilton e [Valtteri] Bottas foram o primeiro e o segundo e, no passado, [Sebastian] Vettel e [Mark] Webber. Então, se você tem o carro mais rápido, você pode largar um pouco atrás e fazer manobras e ultrapassagens, mas se você estiver em qualquer outro carro, não importa a posição de largada, você está mais ou menos seguro nesta posição", ponderou.

"Não há muitas ultrapassagens após a volta 2 ou a volta 3. Mesmo aqui [em Miami], que podemos prever alguma chuva para domingo, [a tendência é não ver] muitas ultrapassagens. É a natureza da Fórmula 1, então não deve ser uma surpresa", afirmou.

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Logo na sequência, Alonso voltou a ser perguntado sobre uma possível teoria para a falta de emoção e, em resposta, disse que acredita que o grid separado por diferenças pequenas e o superaquecimento dos pneus dificultam as ultrapassagens.

"Estamos muito próximos em termos de desempenho. Se você tirar os carros da Red Bull, às vezes em seis décimos você está em terceiro a 16º no Q1 [da classificação] para entrar no Q2. Então, eventualmente, você termina a classificação na posição em que merecia e, em seguida, na corrida, como você ultrapassará um carro em que você é apenas meio décimo mais rápido? Moralmente, é a ordem natural, então acho que esse é o principal motivo", questionou.

"Também podem ser os pneus. Eles ainda ficam superaquecidos se você seguir um carro, então você precisa decidir sabiamente quando quer estar muito perto do carro que está à frente. Eles mudam [os pneus] a cada ano, um pouco neste ano, temos uma nova construção, então os pneus dianteiros estão muito mais robustos do que no ano passado, o que é uma boa notícia, mas como eu disse, o superaquecimento é o mais importante", completou o asturiano.

Nesta sexta-feira (5) acontecem as primeiras atividades do GP de Miami de Fórmula 1. O TL1 está marcado para as 15h e o TL2, para as 18h30. O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL.